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1. Chorar. Ter a capacidade de afirmar a nossa tristeza quando ela existir. Desabafar.
1. OCUPA CHIC: Ideia roubada da minha amiga Adriana Freire, mas que me parece perfeita para sobreviver a 2013. Organizar a sua festa dentro de uma outra festa. Descobrir uma festa com bar aberto e convidar os amigos, assumindo o papel de anfitrião, sem gastar um cêntimo!
1. Criar e fortalecer relações entre pessoas. Basear os projetos nas relações humanas e na confiança;
1. reduzir a vida a uma mala e pouco mais. vender quase tudo o que verdadeiramente não precisamos ou deixar na garagem da mãe. Chegamos rapidamente à conclusão que não precisamos de quase nada. De seguida, devemos sair da cidade em direcção ao campo, o mais depressa possível, para o mais longe possível. Isto de ser artista pode perfeitamente funcionar no meio das couves, para além de que se comermos as couves que semearmos, não precisamos de trabalhar para as comprar e ficamos com muito mais tempo para criar. Quem diz couves diz acelgas.Tiago Rodrigues, - actor, encenador, dramaturgo, membro da Mundo Perfeito
1. Sobreviver não chega
Pediu-me o Coffeepaste que enumerasse “Três ideias para sobreviver em 2013”. No entanto, a primeira ideia para um artista português sobreviver em 2013 é que sobreviver não é suficiente. Não pode ser esse o objectivo. A sobrevivência é a resignação perante quem nos diz que estes não são tempos de utopias, lirismos ou radicalismos. Pelo contrário, acredito que as crises profundas, económicas ou políticas, são os momentos de nos reencontrarmos com os nossos valores e projectos fundamentais. Entre a espada e a parede – essa expressão “tão 2013” – não é o lugar de ser pragmático e desistir duma parte dos nossos projectos. Sim, alguns artistas vão fazer uns trabalhos que os entusiasmam menos sobretudo para ganhar dinheiro, mas servir-se-ão disso para financiar o seu pensamento artístico ou o início dum projecto em que acreditam profundamente. Outros artistas verão hipotecadas as suas hipóteses de fazer o seu trabalho do modo que planearam, mas continuarão determinados em defender e desenvolver as ideias que estão no coração da actividade criativa. É verdade que haverá que sobreviver em 2013, mas haverá também que ter os olhos postos numa vida plena, numa alternativa de futuro e num trabalho artístico em nome dos quais valha a pena sobreviver.
2. Existir em rede
A estratégia mais fundamental para um artista sobreviver em 2013 ou em qualquer outro ano, já que são poucos os anos em que a sobrevivência não seja uma prioridade dos artistas, é a cooperação. Felizmente, em Portugal, estamos cada vez menos encerrados nas nossas capelinhas. O Mundo Perfeito, por exemplo, que é a minha estrutura de criação, existe graças à ligação com outras estruturas que nos apoiam e com as quais dialogamos e cooperamos. Este ano o Mundo Perfeito celebra o seu 10º aniversário em conjunto com outra companhia, a Mala Voadora, que também celebra uma década de actividade intensa, e faremos uma grande festa conjunta com a apresentação de 9 espectáculos diferentes no Teatro Maria Matos, em Lisboa. Num tempo de dificuldades, juntámo-nos para celebrar uma década que passámos a ultrapassar essas dificuldades.
Penso que, seja entre artistas individuais, colectivos ou instituições, uma boa parte da sobrevivência das artes passa pela cooperação e por descobrirmos o que conseguimos fazer juntos, numa lógica de circulação livre de ideias, de debate e de entreajuda. Não se trata de substituir o Estado no seu papel fundamental de fomentar a criação, mas de conquistar independência em relação aos decisores políticos, tantas vezes ignorantes da realidade em que operam os artistas. Existirmos em rede é acelerar incrivelmente o potencial de inovação, é multiplicar públicos, é garantir a diversidade e qualidade dos trabalhos artísticos, é sermos nós os arquitectos do encontro das pessoas com as nossas criações.
1. Aplicar os tempos de espera e incerteza a conceber projectos para o futuro que realmente gostássemos de fazer (a viabilidade não é importante e não convém ultrapassar mais que 5 anos de futuro correndo o risco de se tornar deprimente)Apoiar
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