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Barrancos apresentou oficialmente três instrumentos fundamentais para a preservação do barranquenho — um dicionário com mais de mil palavras, uma convenção ortográfica e uma gramática básica —, considerados pelo município como o “primeiro passo” para salvaguardar este dialeto único falado na vila raiana do distrito de Beja.
O anúncio foi feito pelo presidente da Câmara de Barrancos, Leonel Rodrigues, no último Congresso Internacional sobre o Barranquenho, realizado em julho. Os documentos, trabalhados ao longo de décadas, resultam de uma parceria entre o município e a Universidade de Évora, com a colaboração dos professores Maria Filomena Gonçalves e Victor Correia e da filóloga espanhola María Victoria Navas.
Segundo o autarca, o objetivo central foi criar uma convenção escrita consensual. “O barranquenho era uma questão de oralidade e o objetivo foi sempre encontrar uma convenção aprovada por todos. Não poderia haver gente a escrever diferente”, sublinhou.
O dicionário, concebido como “obra aberta”, integra mais de mil entradas e poderá ser atualizado com vocabulário em uso ou preservado na memória local. Conta ainda com uma aplicação móvel para consulta digital.
A convenção ortográfica, baseada em critérios científicos, é considerada estável e não sujeita a alterações pontuais sugeridas pelos falantes, de forma a evitar “caos gráfico” e insegurança na escrita. Já a gramática básica poderá incluir, futuramente, exercícios didáticos para facilitar a aprendizagem.
Para Leonel Rodrigues, a criação destes três documentos representa “um marco gigante” na padronização e preservação do barranquenho, abrindo portas à legendagem de conteúdos e a atividades culturais na língua. O autarca acredita ainda que a iniciativa poderá atrair turistas e investigadores interessados neste património linguístico.
O parlamento reconheceu oficialmente o direito de promover e proteger o barranquenho em 2021, diploma promulgado pelo Presidente da República nesse mesmo ano. O dialeto resulta do contacto entre o português alentejano e variedades espanholas da Andaluzia e Estremadura, com origens ligadas a assentamentos castelhanos medievais em torno do Castelo de Noudar.
Foto: © Câmara Municipal de Barancos
Notícia adaptada. Fonte: LUSA
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