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O Centro Cultural de Belém (CCB) anunciou a sua adesão ao projeto Theatre Green Book, uma iniciativa que visa a adoção de práticas sustentáveis para reduzir a pegada ecológica e atingir a neutralidade de carbono até 2030. O projeto, que privilegia medidas ecológicas em detrimento de grandes investimentos financeiros, foi apresentado esta manhã com a presença dos criadores Paddy Dillon e Lisa Burger.
De acordo com Cláudia Belchior, coordenadora das Artes Performativas do CCB e presidente da European Theatre Convention (ETC), a adesão ao projeto pretende sensibilizar as instituições culturais portuguesas para a importância da sustentabilidade. O Theatre Green Book é um guia prático adaptável a diferentes instituições artísticas e criativas, estruturado em três áreas fundamentais: produções sustentáveis, edifícios eficientes energeticamente e práticas administrativas e logísticas ambientalmente responsáveis.
O projeto inclui ainda um sistema de autocertificação, permitindo que as instituições acompanhem o progresso em quatro níveis: preliminar, básico, intermédio e avançado. O primeiro passo dado pelo CCB foi a tradução e disponibilização online do manual, permitindo o acesso a teatros portugueses e de países de língua portuguesa.
Para implementar estas mudanças, o CCB criou uma "equipa verde", composta por profissionais operacionais da instituição, como diretores de cena e técnicos de gestão do edifício. Este grupo tem a responsabilidade de acompanhar a utilização do guia e apresentar recomendações ao Conselho de Administração.
O CCB tornou-se a primeira instituição portuguesa a aderir ao Theatre Green Book, inspirando outras entidades culturais a seguir o mesmo caminho. O Teatro do Noroeste, em Viana do Castelo, já iniciou o processo de adesão, enquanto o Teatro Nacional D. Maria II e o Teatro Municipal São Luiz também demonstraram interesse na iniciativa. O Teatro Nacional São João, no Porto, também participou na apresentação e manifestou vontade de integrar a sustentabilidade na sua gestão.
Uma das grandes vantagens do projeto é o baixo custo financeiro, uma vez que promove soluções sustentáveis acessíveis. Com um orçamento reduzido de cinco mil euros, o CCB conseguiu não só traduzir o manual, mas também implementar a separação de lixo nos seus tróleis de limpeza e substituir detergentes convencionais por opções ecológicas.
O projeto também incentiva uma abordagem criativa para a sustentabilidade, promovendo o uso de materiais reciclados nos cenários e figurinos das produções teatrais, bem como a eliminação de plásticos e materiais nocivos. Segundo Cláudia Belchior, a iniciativa levou a instituição a repensar a sua gestão de recursos, revelando, por exemplo, que o CCB, com as lojas e os restaurantes, gera cerca de uma tonelada e meia de lixo por dia.
Com esta adesão, o CCB reafirma o seu compromisso com a sustentabilidade e desafia outras instituições culturais a adotar práticas ecológicas, contribuindo para um setor mais responsável e consciente do impacto ambiental das suas atividades.
Foto: ©CCB
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