Cinema Português em alta em 2025: estreias prometem diversidade e reflexão

O ano de 2025 será marcado por uma forte presença do cinema português nas salas nacionais, com pelo menos uma dezena de filmes agendados para estrear. A diversidade de géneros e temáticas reforça a vitalidade da produção cinematográfica em Portugal, que abrange desde dramas históricos e biografias até comédias e musicais.

Entre os destaques, “Banzo”, de Margarida Cardoso, abre o calendário a 23 de janeiro. Passado em 1907, o filme retrata a violência entre colonos portugueses e escravizados numa ilha africana. Protagonizado por Carloto Cotta, a obra explora dinâmicas de poder e relações humanas complexas, tendo já passado pelo festival IndieLisboa.

Já a 30 de janeiro, estreia “Noites Claras”, de Paulo Filipe Monteiro, um drama familiar com Beatriz Godinho e Duarte Melo nos papéis principais. Em fevereiro, no dia 20, chega “Longe da Estrada”, de Hugo Vieira da Silva e Paulo MilHomens, uma análise visual e poética sobre Paul Gauguin e o colonialismo, baseada em textos do poeta Victor Segalen.

Em março, “On Falling”, de Laura Carreira, chega ao público a 27. Premiado internacionalmente, o filme foca-se na precariedade e isolamento de uma jovem emigrante portuguesa na Escócia, interpretada por Joana Santos.

Abril promete duas estreias marcantes: “Camarada Cunhal”, de Sérgio Graciano, uma biografia de Álvaro Cunhal centrada no período da sua prisão e fuga do Forte de Peniche, com Romeu Vala no papel principal, e “Portugueses”, de Vicente Alves do Ó, um musical que celebra os 50 anos do 25 de Abril, revisitando canções icónicas do cancioneiro nacional.

No final de maio, a 29, “Sonhar com Leões”, de Paolo Marinou-Blanco, apresenta uma comédia negra sobre eutanásia, enquanto “Hotel Amor”, uma comédia com Jessica Athayde sobre os desafios de gerir um hotel peculiar, chega a 19 de junho. Em agosto, estreia “Pátio da Saudade”, de Leonel Vieira, um musical que homenageia o teatro de revista.

No panorama lusófono, destaca-se “Ainda Estou Aqui”, do brasileiro Walter Salles, a estrear a 16 de janeiro, inspirado no drama familiar de Marcelo Rubens Paiva durante a ditadura militar. Já “Nome”, do guineense Sana Na N’hada, estreia a 30 de janeiro e aborda a guerra de libertação da Guiné-Bissau.

Com estreias asseguradas por distribuidoras e produtoras como NOS Audiovisuais, RisiFilm e Ukbar Filmes, o cinema português promete um 2025 repleto de histórias cativantes e reflexões profundas.

Foto: “Banzo”, de Margarida Cardoso © Uma Pedra no Sapato