Citemor regressa com ênfase nas práticas artísticas contemporâneas entre Coimbra e Montemor-o-Velho

A 47.ª edição do festival Citemor arranca esta sexta-feira, dia 18 de julho, e prolonga-se até 9 de agosto, com uma programação que se divide entre Coimbra e Montemor-o-Velho e que volta a destacar-se pelo foco nas práticas artísticas contemporâneas.

O festival abre com “Dykes on Ice”, de Sónia Baptista, no Teatro Académico Gil Vicente (TAGV), em Coimbra. O espetáculo, parte de uma trilogia dedicada às questões da sexualidade, envelhecimento e género, propõe uma reflexão sobre as agressões e micro-agressões a que as pessoas são sujeitas, anunciou a organização em nota de imprensa.

No sábado, 19 de julho, o Teatro da Cerca de São Bernardo (TCSB) recebe a coreógrafa espanhola Paz Rojo com “Hipersueño”, uma performance que explora a relação entre a dança e o desconhecido.

Fiel à sua identidade, o Citemor volta a destacar propostas resultantes de residências de criação desenvolvidas ao longo do ano. Sete dessas propostas serão apresentadas, quatro das quais em estreia ou antestreia. Entre elas, “Mundagawa”, da Orquestina de Pigmeos, em Montemor-o-Velho, e “Quase nada é um plano”, de Márcia Lança, no TCSB.

Já no dia 8 de agosto, o Teatro Esther de Carvalho acolhe a estreia de “Exercício de Montagem”, do Teatro do Vestido. Nesta peça, Joana Craveiro revê imagens recolhidas em duas viagens à Palestina, confrontando-as com as vozes de um país sob ocupação.

Montemor-o-Velho recebe ainda criações de Bruno Humberto e Óscar Bueno, concebidas em “relação intensa com o território”, sublinhou a organização, que destaca também a atenção contínua à criação artística espanhola no programa deste ano.

Além da dança e do teatro, o festival propõe também a exibição de obras de vídeo arte em espaço público e uma remontagem da peça “Entre outras coisas, a pereira e o real”, de Sílvia Real e Miguel Pereira.

O encerramento do Citemor está marcado para 9 de agosto, também no Teatro Esther de Carvalho, com um concerto que reúne os músicos Bruno Pernadas, Frederica Campos, Carlos Barreto e Gileno Santana.

“O Citemor reafirma o seu traço distintivo de trazer para o programa propostas contemporâneas, nos temas e nas abordagens artísticas, interpelando também o território onde se inscreve”, destaca a organização, vincando o seu compromisso com a diversidade, a representação e os desafios da contemporaneidade.

Foto: © Ana Viotti

Notícia adaptada. Fonte: LUSA