Coimbra será a anfitriã da Bienal Manifesta em 2028

Portugal irá acolher a Bienal Manifesta pela primeira vez, com a cidade de Coimbra a ser a anfitriã em 2028. O anúncio foi feito hoje pelo Ministério da Cultura, Juventude e Desporto (MCJD).

A Manifesta, descrita como uma plataforma interdisciplinar e um fórum para criatividade, inovação e desenvolvimento, acontece a cada dois anos numa cidade europeia diferente desde 1996. A Anozero - Bienal de Arte Contemporânea de Coimbra propôs uma edição colaborativa, e a sua candidatura foi bem-sucedida. A Ministra Margarida Balseiro Lopes destacou a "enorme relevância" da decisão, sublinhando que ela irá atrair para a cidade e para o país um grande evento cultural com retorno económico e potencial turístico comprovados.

O projeto apresentado à Manifesta destaca o Património Mundial da cidade e a importância da preservação da floresta como pontos fortes. A Bienal irá envolver as comunidades locais, encorajando o diálogo entre artistas, residentes, políticos e visitantes.

O investimento total previsto para o evento é de 8 milhões de euros, com 50% do valor a ser assegurado pelo Governo. Os restantes 50% serão responsabilidade de entidades locais, doadores e patrocinadores. Os trabalhos de preparação para a 17ª edição da Manifesta, em 2028, começarão no início de 2026. De acordo com a Ministra, trazer a Manifesta para Coimbra representa uma "oportunidade estratégica", demonstrando o compromisso do Governo com a cultura em todo o território nacional. A Ministra acrescentou ainda que a Bienal tem potencial para regeneração urbana com impactos duradouros, além de mobilizar e formar equipas nacionais.

Foto: Berio Molina, «Dislocación», 2022. Anozero‘24 O Fantasma da Liberdade. Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, Coimbra, Portugal. © Jorge das Neves/Anozero – Bienal de Coimbra