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Como começar a escrever uma candidatura: três perguntas essenciais

Por

 

Pedro Mendes
8 de Outubro de 2025

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Como começar a escrever uma candidatura: três perguntas essenciais

Uma dúvida comum entre artistas e produtores é: “Por onde é que começo?”. A resposta é simples, mas não imediata. Antes de abrir o formulário de candidatura, há três perguntas fundamentais que qualquer criador ou estrutura deve fazer a si próprio. São o alicerce de qualquer proposta sólida e bem argumentada.

Porquê este projeto?

Tudo começa no porquê. O que motiva este projeto? Que necessidade cultural, social ou artística o justifica? Muitas candidaturas falham não por falta de qualidade, mas porque não explicam claramente a razão de existir. O júri precisa de perceber de onde nasce a ideia e que relevância tem - para o território, para a comunidade, para o setor. Um “porquê” bem fundamentado é o que transforma uma boa ideia numa proposta com propósito. A verdade é que, tal como defende Simon Sinek na sua conhecida talk “Comece pelo porquê”, tudo deve começar pela razão fundamental que motiva o projeto — o seu propósito, o seu sentido.

Para quem?

A segunda pergunta é sobre o público. A quem se destina o projeto? Como é que essas pessoas vão ser envolvidas - como espectadores, participantes ou co-criadores? Definir claramente o público-alvo ajuda a ajustar a linguagem, os formatos e até o orçamento. Não se trata de agradar a todos, mas de saber para quem se está a trabalhar. Quanto mais concreta for esta resposta, mais convincente será a candidatura.

Para identificares o teu público-alvo, começa por definir quem é o teu espectador ou participante ideal, pensando em dados demográficos como idade, local de residência ou nível de escolaridade, mas também em aspectos mais subjetivos, como interesses culturais, hábitos de consumo artístico e valores. Analisa o público que já tens: quem frequenta os teus espetáculos, oficinas ou exposições, para perceber padrões e motivações comuns. Em seguida, observa outros projetos ou estruturas semelhantes: que tipo de públicos atraem e de que forma comunicam com eles? Usa ferramentas como as estatísticas das redes sociais ou o Google Analytics para compreender quem interage com o teu trabalho, e recolhe feedback direto através de conversas, questionários ou pequenos grupos de discussão. Conhecer o público é um passo importante para criar projetos mais relevantes e sustentáveis.

Como vai acontecer?

Por fim, é preciso explicar o como. Esta é a parte em que a ideia ganha corpo e se transforma num plano concreto. O júri quer perceber de que forma o projeto será posto em prática, em que etapas, com que meios e com quem. Por isso, vale a pena detalhar o plano de ação, desde a fase de preparação e produção até à apresentação e avaliação, indicando prazos realistas e responsabilidades claras dentro da equipa.

Também é importante identificar os recursos necessários, tanto humanos como técnicos e financeiros, e explicar como serão mobilizados. Se há parceiros envolvidos, este é o momento de os apresentar e de mostrar o papel que cada um terá na execução do projeto.

Mais do que grandes promessas, o que convence é a sensação de que o projeto é exequível: que quem o propõe sabe o que está a fazer, conhece as suas limitações e construiu um plano coerente. Neste ponto, a clareza e o realismo contam mais do que a ambição, porque uma boa ideia mal estruturada vale sempre menos do que um projeto simples, mas sólido e viável.

Muitas vezes, começamos logo por preencher o formulário, quando o que deveríamos fazer era responder a estas três perguntas num documento à parte, de forma livre, quase como um esboço narrativo. Só depois vale a pena passar ao formato oficial da candidatura.

Esta fase de reflexão é o que separa uma candidatura feita à pressa de uma candidatura com estratégia. No fundo, escrever bem uma candidatura não é apenas descrever um projeto: é mostrar que sabemos exatamente o que queremos fazer, porquê, com quem e como.

Foto: © Etienne Girardet  | Unsplash

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