Feira do Livro do Porto 2025 homenageia Sérgio Godinho

A Feira do Livro do Porto regressa aos Jardins do Palácio de Cristal entre 22 de agosto e 7 de setembro, numa edição que homenageia Sérgio Godinho, músico e escritor considerado “um dos mais importantes autores portugueses da atualidade”.

A homenagem, que abrange tanto a obra musical como a ficcional e poética do artista, é o eixo central da programação deste ano, que reúne literatura, música, cinema, artes plásticas, spoken word e outras expressões artísticas.

Durante 17 dias, o certame contará com 113 editoras, livreiros e alfarrabistas, distribuídos por 130 pavilhões, e uma agenda repleta de atividades, incluindo concertos, cinema, conversas, oficinas, jogos e exposições.

Logo no primeiro dia, a ilustradora Mariana, a miserável, apresenta a intervenção mural “A Minhoca”, inspirada na canção “Lá Isso É” (1978). Segue-se o concerto de abertura, “E o coração que o conte/quantas vezes já bateu pra nada”, na Concha Acústica, com curadoria de Tiago Andrade e Bruno Rocha, e a exibição de “Estilhaços”, espetáculo de Adolfo Luxúria Canibal, no auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garrett.

No dia 23, Sérgio Godinho será homenageado com a atribuição simbólica de uma tília, na Avenida das Tílias, seguida de uma sessão intitulada “Sérgio sobre o Porto”, que contará com a participação do músico, Rui Moreira, João Gobern e Francisco José Viegas.

A programação de cinema inclui títulos como Era uma vez no Apocalipse, de Tiago Pimentel, com Sérgio Godinho, Kilas, o mau da fita, de Fernando Lopes, Nós por cá todos bem e ainda Jules et Jim, de François Truffaut, entre outros.

A música terá também um papel central, com concertos de Manel Cruz, Márcia, Três Tristes Tigres, Lula Pena, Napa e, a encerrar a feira, Sérgio Godinho & Os Assessores, acompanhados por Manuela Azevedo, num espetáculo que acontece uma semana depois de o músico celebrar 80 anos.

Entre as conversas temáticas programadas, destacam-se encontros com nomes como Luísa Sobral, António Brito Guterres e Lídia Jorge. A cooperativa Frenesim dinamizará ainda o projeto coletivo “Maré Alta – Coro instantâneo do Porto”, que junta vozes da cidade num espetáculo nos dias 6 e 7 de setembro.

O coordenador da programação, João Gesta, descreve esta edição como “um festival literário contagiante, assente numa programação rica, vibrante e diversa”, sublinhando que a feira será “um exercício de libertação, uma festa da palavra onde caiba o mundo inteiro”.

Já Francisco José Viegas, comissário da homenagem, destacou o simbolismo da tília com versos de Sérgio Godinho e assinalou ainda o lançamento do novo livro de contos do autor, Como se não houvesse amanhã.

Foto: © Guilherme Costa Oliveira | Ágora

Notícia adaptada. Fonte: LUSA