TUDO SOBRE A COMUNIDADE DAS ARTES

Ajuda-nos a manter a arte e a cultura acessíveis a todos - Apoia o Coffeepaste e faz parte desta transformação.

Ajuda-nos a manter a arte e a cultura acessíveis a todos - Apoia o Coffeepaste e faz parte desta transformação.

Selecione a area onde pretende pesquisar

Conteúdos

Classificados

Notícias

Workshops

Crítica

Artigos
Alter Arte

Herbert W. Franke

Por

 

Leonel Moura
1 de Junho de 2025

Partilhar

Herbert W. Franke

Herbert W. Franke (1927–2022) foi um dos primeiros artistas a explorar a utilização do computador como meio criativo nas artes visuais. Com formação em física e matemática, Franke não separava ciência e arte, eram campos complementares, especialmente relevantes num mundo cada vez mais determinado pela tecnologia.


Wave forms, 1953, Foundation Herbert W. Franke


Nos anos 1950 e 60, muito antes da chegada dos computadores pessoais ou do acesso generalizado à tecnologia digital, Franke começou a trabalhar com algoritmos para gerar imagens. Foi um dos fundadores da arte generativa, uma prática em que a criação visual é gerada por regras matemáticas e processos computacionais. Em vez de desenhar ou pintar à mão, Franke escrevia código que determinava a composição, a forma e o comportamento das imagens.


Esta abordagem, hoje comum entre os artistas que trabalham com inteligência artificial, arte generativa ou sistemas interativos, era então absolutamente experimental e incompreendida pelo mundo da arte tradicional. Aliás, ainda é, pois a chamada arte contemporânea parece ter parado no tempo, algures por volta dos anos 1980.





Drawing machines,1960, Foundation Herbert W. Franke


Franke colaborou com engenheiros, utilizou computadores industriais e desenvolveu algoritmos visuais numa altura em que o mero acesso a um computador era bastante complexo e difícil. Por isso, o seu trabalho é considerado fundamental na história da arte digital, tanto pelas obras que produziu como pelo seu pensamento teórico sobre a relação entre homem, máquina e estética.


Além da sua produção artística, Franke escreveu extensivamente sobre os impactos da computação e da automação na criação cultural. Defendeu que o artista do futuro não poderia ignorar os sistemas digitais, e que o domínio técnico seria parte integrante do fazer artístico, argumento que ganha nova atualidade face ao crescimento da inteligência artificial na produção de imagens, música e texto.


Hoje, quando algoritmos geram imagens em segundos e a inteligência artificial desafia noções de autoria e criatividade, o trabalho de Franke ganha uma nova leitura. Ele antecipou, com décadas de antecedência, os debates sobre a fusão entre autor e processo, sobre o papel do artista como programador, e sobre o potencial criativo das máquinas.


Franke não romantizava a tecnologia, mas também não a temia. O seu percurso mostra que, longe de ser o fim da criatividade humana, a integração entre homem e máquina pode abrir novas formas de expressão, desde que o artista compreenda e assuma esse processo.

Apoiar

Se quiseres apoiar o Coffeepaste, para continuarmos a fazer mais e melhor por ti e pela comunidade, vê como aqui.

Como apoiar

Se tiveres alguma questão, escreve-nos para info@coffeepaste.com

Segue-nos nas redes

Herbert W. Franke

Publicidade

Quer Publicitar no nosso site? preencha o formulário.

Preencher

Inscreve-te na mailing list e recebe todas as novidades do Coffeepaste!

Ao subscreveres, passarás a receber os anúncios mais recentes, informações sobre novos conteúdos editoriais, as nossas iniciativas e outras informações por email. O teu endereço nunca será partilhado.

Apoios

03 Lisboa

Copyright © 2022 CoffeePaste. Todos os direitos reservados.

Desenvolvido por

Herbert W. Franke
coffeepaste.com desenvolvido por Bondhabits. Agência de marketing digital e desenvolvimento de websites e desenvolvimento de apps mobile