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De 22 a 26 de julho de 2024, o CINALFAMA regressa às Escadinhas de São Miguel e ao Museu do Fado, em Alfama, em Lisboa, para a sua terceira edição. Com entrada livre, este festival propõe-se a celebrar o cinema independente, exaltando o bairro e as ruas que o acolhem. Conversámos com João Gomes, diretor do festival, para saber mais.
Que balanço fazes das edições passadas do Cinalfama?
O Cinalfama não pára de crescer mas de forma orgânica mantendo o seu ambiente de intimismo informal, a sua essência desde que começámos a projetar contra as paredes das igrejas de Alfama em 2009. Este ano uma série de projetos comunitários como a Recolha Filmada de Oralidades de Alfama e uma série de relevantes parcerias culturais e locais vem aumentar ainda mais as nossas ambições.
Que critérios usas para programar o evento?
Temos várias categorias com especifidades. No Micro&NoBudget procuramos a força da ideia, no 1st Timers a frescura com marcas de personalidade. No City in Film Award refletimos sobre as coordenadas tempo e espaço no contexto urbano. A expressão de individualidade e o mesmo intimismo com o autor que associamos ao festival desde o dia 0.
Fala-nos da sessão de abertura
Regressamos ao filme “Judgment in Hungary” que inaugurou o festival em 2016. É um testemunho cinematográfico intensivo de um julgamento de crime de ódio racial na Hungria. Na altura discutimos com a realizadora se o cenário de racismo institucional e parlamentar seria possível no futuro português. Oito anos depois tentaremos responder a essa pergunta.
É importante que se aborde o tema da integração e do diálogo intercultural?
Não procuramos nem privilegiamos necessariamente o cinema militante mas falar, refletir sobre o assunto no ambiente em que vivemos é obrigação de todos.
Que outras sessões destacas?
Dia 24 regressaremos a alguns dos melhores filmes da nossa história. A ideia de um património Cinalfama é nos muito relevante. Também por isso vários membros do nosso júri são vencedores Cinalfama que, entretanto, se tornaram importantes vozes no seus respetivos países.
Quais alguns dos realizadores que vão marcar presença?
Hannes Schilling; Jozefien Van der Aelst; Ezster Hojdu; Gabriela Nobre; Edgar Morais; Renata Sancho, entre varios outros.
Em que espaços vai decorrer o evento?
As sessões diurnas vão decorrer no auditório do Museu do Fado e as noturnas no Largo de São Miguel.
Fala-nos do projeto Recolhas Filmadas de Histórias e Oralidades de Alfama
Queremos que cada realizador convocado vá construindo o seu olhar, afinando a sua lente em relação aos nativos de Alfama. Queremos perceber o que desapareceu e o que resta. A ideia é mergulhar, registar e reconstruir o património imaterial de Alfama.
Que ambiente se cria por as projeções acontecerem ao ar livre?
É o único momento em que uma inédita ponte se cria em Alfama: entre os lisboetas e os estrangeiros e turistas. É um momento em que algo de real acontece no meio de tanta artificialidade e de arrevesadas narrativas turísticas.
O que tem Alfama, que a torna especial?
Parece perdida num certo exílio no presente, combalida entre a nostalgia comunitária e a transformação acelerada. É dessa matéria prima perturbante mas desafiadora que se faz o festival. Para nós Alfama é uma narrativa aberta, não nos vamos resignar ao pitoresco.
Como olhas para o cinema independente feito atualmente?
Nada nos orgulha mais do que descobrir pepitas, joias desapreciadas que por não terem produtora, agente ou distribuidora quase não singram no circuito mundial dos festivais. Há muita gente que precisa de ser olhada e acarinhada. É o que me apraz dizer.
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