O cinema como domicílio: Vítor Ribeiro e a 10.ª edição do Close-Up

De 11 a 18 de outubro, a Casa das Artes de Famalicão volta a transformar-se num território de cinema com o CLOSE-UP: Observatório de Cinema, que celebra a sua 10.ª edição. Sob o mote “Domicílio Conjugal”, o programa propõe uma reflexão íntima e política sobre as relações humanas, os espaços que habitamos e as imagens que nos habitam.

Entre cine-concertos, retrospetivas, masterclasses, exposições e sessões para escolas, o Close-Up volta a afirmar-se como um projeto singular no panorama português, onde o cinema é lugar de encontro, pensamento e descoberta. A homenagem a David Lynch, a retrospetiva dedicada a Margarida Cardoso e a presença de nomes como Dean Hurley e Bruno Pernadas reforçam o caráter multifacetado desta edição, que cruza som, imagem e memória.

À frente da programação desde o início, Vítor Ribeiro tem construído um percurso coerente, exigente e afetivo, em que cada edição do Close-Up se pensa como um novo capítulo de uma mesma história: a do cinema enquanto espaço vivo de partilha e de transformação. À conversa com o Coffeepaste, o programador fala sobre o tema deste ano, o papel do festival na formação de públicos e a importância de pensar o cinema em diálogo com o mundo.