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Até 31 de outubro, a Sala B do Teatro Académico de Gil Vicente acolhe O Quarto Escuro de Goethe, a mais recente criação de Eunice Gonçalves Duarte. A artista e investigadora, atualmente doutoranda em Estudos Artísticos na Universidade de Coimbra, apresenta uma performance-instalação imersiva que cruza arte, ciência e pensamento, inspirada no livro Teoria das Cores, de Johann Wolfgang von Goethe.
Com entrada livre e sessões limitadas a duas pessoas de cada vez, o público é convidado a mergulhar num ambiente que se desenrola em loop contínuo entre as 17h00 e as 20h00, integrando a programação do Colóquio Internacional Theatre About Science 2025, organizado pela Marionet. O projeto seguirá depois para o Goethe-Institut em Lisboa, em março de 2026, com itinerância prevista por Penafiel e pelo Teatro-Cine de Gouveia.
“Interessa-me a tensão entre luz e escuridão - não como opostos, mas como zonas de transição, de revelação e de perda. Goethe propõe que, num quarto escuro, a luz possa ser percebida de dentro, como pós-imagem. É essa experiência interior da perceção que procuro transpor para o espaço performativo”, explica Eunice Gonçalves Duarte.
Em O Quarto Escuro de Goethe, luz, som e corpo formam um organismo sensorial em constante mutação. A artista transforma a reflexão de Goethe sobre a cor numa experiência estética e física, onde o público é desafiado a ver para além do olhar. A composição sonora de Nick Rothwell prolonga o jogo entre visível e invisível, criando uma viagem auditiva onde o som revela e esconde a cor. “Quando a forma se esbate, somos forçados a reorganizar os sentidos e a descobrir novas formas de ver. É nesse instante que a imagem se torna viva”, acrescenta a criadora.
O projeto estende-se para lá do espaço expositivo através de um ciclo de podcasts que continua o diálogo entre arte e ciência. A primeira sessão será lançada a 4 de novembro, com a física Benilde Costa, dedicada às “Cores Químicas” da Teoria das Cores. Seguem-se conversas com Marta Teixeira (neuropsicologia), Vítor Cardoso (física) e Maria Filomena Molder (filosofia), num conjunto de episódios que exploram as fronteiras entre cor, perceção e pensamento.
Assente nos eixos de arte, ciência e pensamento, o projeto aposta numa forte componente de mediação e sensibilização, em parceria com instituições como o TAGV, Atelier Concorde, Goethe-Institut, Rómulo – Centro de Ciência da Universidade de Coimbra, Marionet, Ponto C / Município de Penafiel e Teatro-Cine de Gouveia. Além das apresentações, estão previstas ações pedagógicas e visitas escolares, que pretendem estimular a curiosidade e o pensamento crítico dos jovens, aproximando-os da experiência artística e sensorial.
Eunice Gonçalves Duarte é performer e investigadora, com um percurso centrado na interseção entre as artes performativas e a tecnologia low tech. Tem apresentado obras em diversos países europeus, nos Estados Unidos e no México, destacando-se pelas criações Sufocada em Lágrimas (Temps d’Images) e Isto é um Filme de Baixa Frequência (ArteemRede / Dia Europeu do Espectador).
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