Orfismo em destaque no Museu Guggenheim de Nova Iorque

O Museu Guggenheim de Nova Iorque inaugura uma nova exposição de grande envergadura, intitulada Harmonia e Dissonância: O Orfismo em Paris, 1910–1930. A mostra, que estará patente no emblemático átrio em espiral do museu, reúne mais de 90 obras de arte que exploram a vibrante estética abstrata deste movimento artístico transnacional.

A exposição examina o surgimento do Orfismo na década de 1910, um período de profundas mudanças na perceção de tempo e espaço, provocadas pelas inovações da vida moderna. Os artistas associados ao movimento utilizaram composições caleidoscópicas para investigar o impacto transformador da cor, da forma e do movimento, explorando ideias de simultaneidade. Entre os nomes em destaque encontram-se Robert Delaunay, Sonia Delaunay, Marcel Duchamp, František Kupka, Mainie Jellett, Francis Picabia e o português Amadeo de Souza-Cardoso. Também integram a exposição obras dos Sincronistas Stanton Macdonald-Wright e Morgan Russell, que partilharam afinidades com o movimento.

Além de abordar a evolução do Orfismo em Paris, a mostra destaca o diálogo entre a arte e outras formas de expressão, como a dança, a música e a poesia, que tiveram um impacto significativo na produção artística da época.

Organizada por Tracey Bashkoff, Diretora Sénior de Coleções e Curadora Sénior, e Vivien Greene, Curadora Sénior de Arte do Século XIX e Início do Século XX, com o apoio de Bellara Huang, Assistente de Curadoria, a exposição promete ser uma das mais marcantes do calendário cultural da cidade.

Harmonia e Dissonância: O Orfismo em Paris, 1910–1930 oferece uma oportunidade única para o público conhecer de perto o legado de um dos movimentos mais inovadores da arte moderna.