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O projeto artístico “RedSkyFalls”, de Alexandre Estrela, foi o escolhido para representar oficialmente Portugal na 61.ª Bienal de Arte de Veneza, em 2026, anunciou hoje a Direção-Geral das Artes (DGArtes).
O projeto, com curadoria de Ana Baliza e Ricardo Nicolau, “é um sistema cibernético que reage em tempo real à atividade sísmica planetária, convertendo-o em imagem e som”, segundo a DGArtes, num comunicado hoje divulgado.
A DGArtes, numa descrição da obra de Alexandre Estrela, afirma que esta “revisita anomalias naturais e seres que anteveem instabilidades geológicas, como o peixe-gato Namazu no mito japonês, e traça um paralelo entre a falha que o terramoto de 1755 abriu no pensamento ocidental — dando força à ciência em detrimento da religião — e a erosão contemporânea da confiança na ciência e a crença cega na tecnologia, que abrem espaço a novos mitos obscurantistas”.
A instalação “RedSkyFAlls” irá transformar o pavilhão de Portugal “numa máquina ressonante das convulsões tectónicas, síncrona com eventos geofísicos distantes, que posicionam o visitante numa ecologia global”, descreve a DGArtes.
Para Veneza, a obra “será reativada através de dados obtidos a partir de fontes congéneres europeias, ganhando uma nova função como motor das peças-satelite espalhadas pelo espaço expositivo”.
Além do projeto de Alexandre Estrela, concorriam para a representação de Portugal na Bienal de Arte de Veneza projetos do português Pedro Barateiro e do greco-britânico Mikhail Karikis, sediado em Lisboa.
O montante disponível para a participação em Veneza é de 425 mil euros.
Os três projetos foram escolhidos, numa chamada de manifestação de interesse, por um grupo de trabalho constituído por Andreia Magalhães, Joaquim Moreno, José Bragança de Miranda e Nuno Faria, o mesmo grupo que decidiu o vencedor.
No ano passado, o Ministério da Cultura, então liderado por Dalila Rodrigues, anunciou que a apresentação de candidaturas para representar Portugal na Bienal de Veneza deixaria de ser por convite e passaria a ser em modelo aberto a todos os interessados a partir de 2025.
Além da alteração do modelo de seleção da representação, “de forma a garantir uma participação ampla”, a tutela anunciou também, na altura, em comunicado, uma nova localização do Pavilhão de Portugal, que deixou o Palazzo Franchetti, no Grande Canal de Veneza, pelo término do contrato de arrendamento, e regressaria ao Fondaco Marcello, junto ao Grande Canal.
A próxima Bienal de Arte de Veneza – que vai decorrer sob o tema “In Minor Keys” (“Em Tons Menores”, em tradução livre), desenhada pela curadora Koyo Kouoh, que morreu em maio deste ano – apresentará uma visão transformadora da arte num “sussurro poético” de resistência, introspeção e alegria perante tempos de exaustão global, segundo a organização do evento em Itália.
A mostra irá decorrer de 09 de maio a 22 de novembro de 2026, com pré-inauguração nos dias 07 e 08 de maio, nos Jardins, no Arsenal e noutros locais do centro de Veneza.
Foto: © Bienal de Veneza
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