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Prova de vida ou vida mesmo?

14 de Abril de 2020

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Prova de vida ou vida mesmo?
Por Jorge SIlva Melo

Com os teatros fechados, multiplicaram-se as provas de vida.

Toda a gente mostra espetáculos (muito mal) filmados, imagina correntes dessas coisas modernas que a net permite. Ou seja, receando vir a ser dispensados num futuro muito mais próximo do que pensáramos, fazemos “prova de vida” com velhas fotocópias de certidão de nascimento.

Receamos que o Poder (de quem dependemos, mesmo os que a si próprios se chamaram independentes) e o Público nos esqueçam, pensem noutras coisas (não haviam de pensar?), mostramos como fomos  e “seremos”?) “indispensáveis”, belos, criativos e únicos.

A internet permite-nos mostrar os slides das nossas férias (que, como se sabe, são o nosso trabalho). Queremos que nos agradeçam pelo trabalho feito e ponham likes.

Mas não é com “provas de vida”, não é com atestados que existimos.

Num artigo notabilíssimo intitulado “O teatro ou a esquecida arte da assembleia”(1),  Nicholas Berger assinala (e tão bem) : “Enquanto , em todo o mundo, os teatros fecham sem previsão de reabertura, e nós nos adaptamos a uma nova normalidade causada pelo coronavírus, houve um esforço que foi comum por parte dos artistas de teatro: continuar a fazer. Agora mais do que nunca - expressão que a “classe” adora – parece ser crucial impedir este vírus de diminuir a nossa produção de arte. Qualquer que seja o conteúdo a que possamos recorrer, temos de estar presentes! É. mergulhar nos arquivos! O que é que temos? É colocar online. Aquela gravação de um espectáculo de 2006 feita por uma única camara ao fundo da plateia e cheia de grão? As pessoas precisam disso. Qualidade? Sei lá o que isso é. Isto é uma pandemia, precisamos de Quantidade. (...) Mas eu começo a pensar: quem é que quer ver estas coisas? Haverá um pedido de alguém de fora da nossa comunidade?”

Ou seja: estamos com os outros? (Estar com os outros = fazer teatro.) Ou , fingindo que somos úteis, exercitamos um insuportável narcisismo?

E Nicholas Berger termina: “Pediram-nos que abandonássemos o palco. Não foi para fazer um “encore”.

(1) Nicholas Berger, The Forgotten Art of Assembly /Or, Why Theatre Makers Should Stop Making,  Texto acessível na Medium.

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