Marta Pazos, uma das vozes mais inovadoras do teatro contemporâneo espanhol partilha a sua ousadia estética e crítica que rompe fronteiras, numa oficina dirigida a profissionais das artes cénicas.
www.martapazos.es
Esta formação tem o apoio da GDA. Todos os cooperantes da GDA usufruirão de um desconto de 75%.
Nesta formação teórico-prática, a criadora Marta Pazos, partilha a sistematização do seu trabalho desenvolvido ao longo de vinte e cinco anos.
Como o coelho branco que escapa pela toca rumo ao desconhecido, seguiremos com ele num processo coletivo que legitima a intuição e o prazer como ferramentas centrais do trabalho criativo, encarando o tempo não como um limite, mas, como um recurso material.
Criaremos a partir do impulso entusiástico e de uma escuta sem preconceitos, registando aquilo que nos emociona e que nos causa impacto, dando atenção aos detalhes onde o nosso olhar se detém.
Na oficina, os participantes são convidados a posicionar a criação numa relação com o contexto; prestando atenção à visão eco feminista, à consciência da nossa realidade e dos nossos privilégios; afastando o foco do ego e da competitividade que regem o nosso sistema patriarcal e capitalista; estabelecendo diálogos entre formas e linguagens e entendendo o processo criativo como um todo.
MARTA PAZOS
Diretora artística, encenadora de teatro e ópera, cenógrafa, dramaturga e artista visual, Marta Pazos é uma das artistas mais influentes da vanguarda cénica europeia atual. Radicalmente comprometida com a visibilização de narrativas silenciadas — especialmente aquelas que atravessam o corpo e a experiência das mulheres —, expande as estruturas narrativas convencionais com uma estética marcada pelo uso intensivo e simbólico da cor como dispositivo de afetação perceptiva. Desenvolveu a sua carreira nos principais teatros e instituições culturais da Espanha, como o Gran Teatre del Liceu, o Teatro Real, o Centro Dramático Nacional e o Teatre Lliure, onde reinterpretou autores clássicos e contemporâneos a partir de uma abordagem indisciplinada e atenta ao presente. Os seus trabalhos foram apresentados internacionalmente na República Checa, Brasil, Portugal, Alemanha, França e Moçambique. Desde o ano 2000, dirigiu mais de quarenta produções, entre as quais se destacam a premiada ópera “Alexina B”, de Raquel García Tomás; as versões das obras de Federico García Lorca “Comedia sin título”, “Viaje a la luna” e “El Público”, esta última uma produção premiada da Comedia Nacional de Montevidéu. Recebeu o Prémio Nacional de Cultura da Galícia, o Prémio de Honra ao Mérito nas Artes Cénicas da MIT de Ribadavia, o Prémio de Honra Dorotea Bárcenas e o Prémio Godot pela direção de “Orlando”.
Público-alvo: Encenadores, coreógrafos , dramaturgos, intérpretes, cenógrafos, desenhadores de luz, músicos, artistas visuais, artistas plásticos e gestores culturais.
Duração: 20 horas