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O escritor húngaro-britânico David Szalay venceu o Booker Prize 2025 com o romance Flesh, anunciado esta noite numa cerimónia realizada no Old Billingsgate, em Londres. O autor recebe um prémio de 50 mil libras e o troféu foi-lhe entregue por Samantha Harvey, vencedora da edição anterior.
O presidente do júri, Roddy Doyle, justificou a escolha afirmando que “foi o livro a que regressámos sempre, aquele que se destacou entre todos os outros. Nunca tínhamos lido nada assim. É um livro sombrio, mas uma alegria de ler.”
Flesh acompanha István, um homem desde a adolescência até à velhice, cuja vida é moldada por acontecimentos fora do seu controlo. A narrativa começa na Hungria, onde o jovem vive com a mãe, e segue-o através de um percurso que o leva do exército até ao convívio com a elite londrina. O livro reflete sobre o poder, a riqueza, o amor e as forças que conduzem uma existência, e sobre aquilo que a pode destruir.
Doyle destacou a escrita contida de Szalay: “Cada palavra importa, e o espaço entre as palavras também. O livro fala sobre a estranheza de estar vivo e, ao lê-lo, sentimos alegria por o estar.”
Nascido no Canadá, Szalay é o primeiro escritor húngaro-britânico a conquistar o Booker. Viveu no Líbano, no Reino Unido, na Hungria e atualmente reside em Viena. Autor de seis obras traduzidas em mais de 20 línguas, afirmou que Flesh “evoluiu naturalmente”, nascendo da vontade de escrever um romance com “um fim húngaro e um fim inglês”, refletindo a Europa contemporânea e as suas divisões culturais e económicas.
Quis também, acrescenta, escrever “sobre a experiência física de estar vivo – sobre o corpo como ponto comum que nos une, apesar do que nos separa.”
A crítica britânica tem sido unânime em elogiar o livro. O Financial Times considerou-o “uma obra comovente e luminosa, rara na coragem com que retrata as fragilidades masculinas”. O Sunday Times descreveu Szalay como “um autor revelador, capaz de unir simplicidade e profundidade com rara mestria”. Já o Guardian destacou que Flesh vai além das questões de género, abordando “o indizível que habita todas as vidas humanas”.
Com esta vitória, David Szalay junta-se a nomes como Salman Rushdie, Margaret Atwood e Hilary Mantel no restrito grupo de vencedores do Booker Prize, o mais prestigiado galardão literário do mundo anglófono.
Foto: © Yuki Sugiura para a Booker Prize Foundation
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