Daniel Matos

Coreógrafo, intérprete e artista visual.

Inicia os seus estudos em artes visuais, danças clássicas e de carácter. Licenciado em Dança Contemporânea na Escola Superior de Dança - IPL (2017) e integra o primeiro ano do Mestrado em Artes Cénicas da FCSH - Universidade Nova de Lisboa. Foi colaborador da primeira edição da BoCA Sub21 (2017), com direcção artística de John Romão e mediação de Sara Franqueira. Participou em workshops e formações com Vânia Rovisco, Salva Sanchis, Laura Aris, Tânia Carvalho, Peter Michael Dietz, David Hernandéz, Jácome Filipe, André Mesquita, Anne Teresa de Keersmaker, Gitta Wigro, Lewis Seivwright, Varinia Canto Vila, Yvonne Slough e Francisco Pedro.

Desenvolve o seu trabalho através de práticas multidisciplinares, centrando-se sempre no corpo como um campo de pesquisa biográfica, física e emocional, questionando e redesenhando a ideia de limite. As suas criações procuram sempre encontrar uma forma híbrida de trabalhar, assumindo o presente como um lugar político de transgressão, poesia, ritual e afecto, fazendo turnês em locais e festivais nacionais e internacionais em países como Portugal, Espanha, Índia, Indonésia, Áustria, Alemanha, França, Noruega e Brasil. Foi bailarino convidado na Lisbon ́s Soundpainting Orchestra entre 2014 e 2016, dirigida por François Choiselat e integra a Companhia de Dança Amálgama de 2014 a 2016, com direcção artística de Alexandra Battaglia. Como assistente de coreógrafa, trabalhou com Amélia Bentes em "The Living Dot" para a Escola Superior de Dança de Lisboa, "Finally Heaven" em parceria com EGEAC e Castelo de São Jorge, e com Beatriz Garrucho em "Laranjal" e"ÁguasMil"

É colaborador artístico, performer e assistente de ensaio da dupla Ana Borralho & João Galante, integrando os processos criativos, espectáculos e coordenação de grupo nas performances "ATLAS", "SexyMF", "World of Interiors", "Time to Reflect", "Family Romance or the Augmented Reality", "Louise Michelle's Girls", "Trigger of Happiness" e "Internal Stackholders". Colaborou como intérprete com Angélica Liddell em "The Scarlet Letter", Romeo Castellucci em "Passione", Barbara Griggi em "Dreamland III", Luís Marrafa em "Folklore", André Uerba em "FireStarter (estudo)", Nuno Nolasco em "Avant Garde", Amélia Bentes em "A Draught of Air" e "Sem Chão Sem Fim" - estando presente em festivais como o Wiener Festwochen, Holland Fest, Festival FIND (Schäubuhne), Festival Salmon, Festival Grec e a Bienal de Wiesbaden.

No contexto das 8a e 9a edições do Festival Internacional de Artes Contemporâneas Verão Azul (2017 - 2019), fez assistência de ensaio e direcção de palco a Vera Mantero, João Fiadeiro, Francisco Camacho, Dewey Dell, Alessandro Sciarroni, André Uerba, Niño de Elche, Gustavo Ciríaco, Raquel André, entre outros. Foi convidado a partilhar os seus processos criativos e de investigação no Conservatori Superior de Danza de Valencia, Escola Superior de Dança de Lisboa e no Festival Verão Azul, dando os workshops "Infinity of the Void", "About the Body Last" e "In a Valley of Here Masterclass".

Publicou material visual na 6a edição da revista Merge e no livro "The Art of Building Citizenship: artistic practices", com curadoria de Alix Sarrouy.

Integrou a curadoria "43 Formas de Apanhar o Sol" para o público jovem de Teresa Coutinho a Lu.Ca (Teatro Luís de Camões) e foi artista convidada no programa Gymnasium, dirigido por Mónica Samões.

Em 2019 fundou, juntamente com Joana Flor Duarte, CAMA a.c. - uma estrutura para a criação, produção e investigação de artes performativas - onde é artista residente e responsável pela direcção artística. Actualmente assume a co-programação e co- curadoria da 11a edição do Festival Internacional de Artes Contemporâneas Verão Azul, a convite da casaBranca a.c. e dos directores artísticos Ana Borralho & João Galante e é o director artístico e programador do PEDRA DURA - Festival de Dança do Algarve.