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Workshop Coffeepaste
Encruzilhadas de corpo e tempo não linear
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Datas de realização
13, 14, 15 janeiro
14h00-18h00
Local
Destinatários
Maiores de 16 anos com identificação e vontade para trabalhar na proposta.
Preço
115€ + 10€ (seguro obrigatório)
Sinopse
É sobretudo dedicado à experimentação e questionamento do lugar onde o corpo e a mente se encontram, entre ser terra anónima e produto, entre cruzamentos de tempo que se move em espiral, futuro e ancestralidade cruzadas, num plano de consciência social e política, onde existe o questionamento e luta num espaço de prazer e cuidado.
E se eliminarmos o que poderíamos considerar erro? E se a cada movimento conseguíssemos receber informações de vidas que já esquecemos ou produzir futuro que talvez não cheguemos a viver? O que fica na sensação que pode ser tão potente como a forma?
Resgatar pode ser a ferramenta mais potente de aprender, ou pelo menos olhar o aprender de uma forma menos hierárquica e condicionada. Retirar o foco de um resultado e colocar todo o foco no processo, no caminho, nas certezas que as dúvidas trazem, na escuta.
“A máxima “penso, logo existo”, cunhada por Descartes, vem a ser rasurada por outras trançadas nas esteiras das práticas de terreiros. São elas, o “vibro, logo existo”, “danço, logo existo”, toco, logo existo”, “incorporo, logo existo” e “sacrifico, logo existo”, escreveu Luiz Rufino no seu livro A ciência encantada das macumbas.
As práticas que me ocupam, são isso mesmo, vivências e práticas integradas da e na vida e não separadas dela mesma. Os corpos formados pelas práticas de estúdio podem ficar domados, obedientes e com dificuldade em se saber, para poderem sentir o seu sabor. O meu veículo de trabalho são danças de cariz tradicional, com foco no Norte de África e de contexto urbano, com foco em danças de rua, Clubbing e Ballroom, centradas na diáspora afro descendente na América do Norte. São cruzadas, misturadas, interseccionadas. São sempre danças entre o prazer e a resistência. Conduzo-as e deixo-me conduzir. O meu passeio faz-se com música e intuição. Com graves potentes, com silêncios audíveis, com corpos presentes, com passos precisos, com dúvidas constantes, com possibilidades infinitas. O cansaço é um sítio a navegar. O prazer também.
Condições e Normas de Participação
Política de descontos (não acumuláveis)
- Inscrição antecipada (até 23 de dezembro): 5% (aplicável apenas na modalidade de inscrição normal)
- Ex-alunos Coffeepaste ou estudantes: 10%
- Inscrição de grupo (2 ou 3 pessoas): 12,5% ou 15%, respetivamente
- Membro Coffeepaste ("Café Cheio" e "Galão"): 20% (saber mais: https://www.patreon.com/coffeepaste)
- Desempregado (duas vagas): 50 %
Formulário de inscrição
Com
SER que tem a curiosidade, o sonho e a experimentação como formas maiores de aprendizagem.
Piny é performer, coreógrafa, pesquisadora, professora e facilitadora de práticas mistas e misturadas. Feminista intersectional, ativista, corpo de prazer e corpo político. Interesse e estudo lento e longo em Astrologia e Tarot, assim como práticas de transcendência.
Lisboeta de origem angolana, é licenciada em arquitetura com uma pós-graduação em cenografia, ambas na Faculdade de Arquitetura de Lisboa, e terminou também a licenciatura em dança contemporânea. Em 1999, começou o estudo de danças do Norte de África e suas fusões contemporâneas e, desde 2006, dedica-se em paralelo à cultura Hip Hop e Clubbing, através da dança (Breakdance, House, Waacking, Vogue) e Djing. Em 2006, fundou a crew feminina ButterflieSoulFlow e em 2012 o coletivo Orchidaceae (Fusion Bellydance) e em 2019 o coletivo Vogue PT.Chapter (Ballroom). Desde 2014 leciona em festivais internacionais na Europa, Ásia, América e África.
Colaborou como intérprete com diversos artistas, destacando Marco da Silva Ferreira, Vitor Hugo Pontes, Raquel Castro, Cristina Planas Leitão, Filipa Francisco, Tânia Carvalho, Tiago Guedes, entre outros.
Do seu trabalho artístico destaca a deambulação entre meios, o sonho e o prazer. Organiza em Lisboa cursos intensivos, balls, jams e festas dedicadas à cultura urbana e às suas intersecções e cruzamentos. Destaca o trabalho com o seu coletivo Orchidaceae e as peças “HIP. a pussy point of view”, “Periférico” (em colaboração com Vhils) e “.G RITO”.
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