No centro há silêncio ou explosão?

Este workshop é dedicado a perguntas sem resposta, à procura de relações, significados, emoções e leveza no peso.

Vamos desenterrar para enraizar tudo em sistemas que nos possam fazer voar, com a consciência de que estamos fixos na nossa própria presença.

A relação entre a forma que faz despertar o sentir ou o sentir que faz despertar a forma, na compreensão e criação de vocabulários híbridos e mistos, de corpos complexos que procuram o silêncio no excesso de informação, dentro de espaços globalizados e cheios de fronteiras desenhadas que tentamos quebrar constantemente.

É sobretudo dedicado à experimentação e questionamento do lugar onde o corpo e a mente se encontram, entre ser terra anónima e produto, entre cruzamentos de tempo que se move em espiral, futuro e ancestralidade cruzadas, em práticas de estúdio que possam articular a realidade e a criação artística, num plano de consciência social e política, onde existe o questionamento e luta num espaço de prazer e cuidado.

O meu veículo de trabalho são danças de cariz tradicional, com foco no Norte de África e de contexto urbano, com foco nos contextos da diáspora africana no Norte da América. Conduzo-as e deixo-me conduzir. O meu passeio faz-se com música e intuição. Com graves potentes, com silêncios audíveis, com corpos presentes, com passos precisos, com dúvidas constantes, com possibilidades infinitas. O cansaço é um sítio a navegar. O prazer também.