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A Bienal de Arquitetura de Veneza 2025, que decorrerá entre 10 de maio e 23 de novembro, trará para debate a necessidade urgente de adaptação às alterações climáticas e ao crescimento populacional, através de soluções arquitetónicas multidisciplinares e inclusivas. O curador do evento, Carlo Ratti, defendeu esta abordagem inovadora numa conferência de imprensa realizada hoje, ao lado do presidente da Bienal, Pietrangelo Buttafuoco.
Nesta edição, a Bienal contará com 66 participações nacionais nos pavilhões históricos dos Jardins, Arsenal e no centro da cidade de Veneza. Quatro países marcarão presença pela primeira vez: Azerbaijão, Omã, Qatar e Togo.
O tema escolhido para a exposição deste ano é "'Intelligens'. Natural. Artificial. Coletivo", refletindo a necessidade de recorrer às mais variadas formas de inteligência para enfrentar os desafios ambientais e sociais. Portugal estará representado pelo projeto "Paraíso, Hoje.", dos curadores Paula Melâneo, Pedro Bandeira e Luca Martinucci, com curadoria-adjunta de Catarina Raposo e Nuno Cera.
Durante a apresentação do evento, Carlo Ratti destacou a crescente intolerância do clima, exemplificada pelos incêndios em Los Angeles, as inundações em Valência e as secas na Sicília. Sublinhou ainda a necessidade de mudar o foco da mitigação para a adaptação: "Chegou o momento de a arquitetura abraçar a adaptação: repensar a forma como projetamos para um mundo alterado".
Para responder a esta necessidade, Ratti sublinhou a importância da colaboração entre diferentes áreas do conhecimento, envolvendo especialistas da filosofia, biologia, design, artes plásticas e tecnologias digitais.
Por seu lado, Pietrangelo Buttafuoco afirmou que é um "dever político de responsabilidade" das instituições como a Bienal debater publicamente temas urgentes como a crise climática e os conflitos na Ucrânia e na Faixa de Gaza. No entanto, Carlo Ratti reforçou que o papel dos arquitetos é apresentar soluções, cabendo à sociedade e aos decisores políticos a sua implementação.
A Bienal de Arquitetura de Veneza 2024 contará com mais de 750 participantes e 280 projetos. Entre os destaques está "Terra Preta", do Brasil, que une conhecimento indígena e investigação científica para desenvolver soluções sustentáveis de habitação na Amazónia.
No programa Bienal College Architettura 2024-2025, criado para estudantes e criadores emergentes com menos de 30 anos, foram selecionados oito projetos de diferentes países, incluindo um de Portugal, liderado por Rita Espinha Abreu Morais. Cada um receberá uma bolsa de 20.000 euros para desenvolvimento e produção, reforçando a missão da Bienal como um laboratório de investigação e inovação na arquitetura mundial.
Foto: © Andrea Avezzù (Bienal de Arquitetura de Veneza)
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