
Entrevista com Pedro Gonçalves, membro dos Dead Combo, banda que já leva 12 anos de existência e que tem tido grande sucesso tanto em Portugal como fora de portas. Aqui fica a nossa conversa.
Dead Combo já leva 12 anos de existência. Que balanço podem fazer?Após muitos anos a insistirmos em tocar a música que gostamos para meia dúzia de amigos e fans incondicionais, nos últimos anos tivemos a sorte de haver cada vez mais pessoas a gostarem dela. O grande balanço que fazemos é de que vale a pena fazer aquilo de que gostamos, como queremos.
Já tocaram em salas pequenas e em grandes festivais. Que diferenças encontram?Nas salas pequenas há uma intimidade que não é possível de recriar em grandes palcos ao ar livre. Por outro lado, esses grandes palcos permitem-nos abordar a música de uma maneira completamente diferente, mais aberta e frontal.
Vocês destacam-se pela diferença. Ganhar um prémio mainstream (Globo de Ouro) motiva-vos ou é-vos indiferente?Nunca demos importância a prémios. Claro que é excelente vermos o nosso trabalho reconhecido, mas nunca foi nem nunca será esse tipo de recompensa que nos guia.
Como encaram o reconhecimento que têm tido fora de Portugal?Lentamente vamos construindo uma boa base para podermos tocar fora de Portugal. Quanto ao reconhecimento é sempre muito relativo, a percepção que temos em Portugal do que se passa com as bandas portuguesas fora de Portugal é um pouco deturpada. Na realidade andamos todos a lutar por um bocadinho de sol.
O que está no futuro próximo para Dead Combo?Espectáculos para crianças no fim do ano no CCB, espectáculos com as Cordas da Má Fama, estamos também a começar a trabalhar num novo disco, enfim, muita coisa…
Como vêem o panorama musical português?Achamos que nunca esteve tão bom como agora, embora hoje em dia para se sobreviver da música seja cada vez mais difícil. Temos bandas com altíssima qualidade de inúmeros estilos musicais. Está em muito boa forma a música feita em Portugal.
Dead Combo (site)