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Corria ainda o ano de 2022 quando, de um encontro de ideias entre três músicos em busca de uma linguagem comum pela música experimental, surge FARPAS. Iniciado por António Feiteira (bateria), Guilherme Rodrigues (saxofone) e Miguel Abras (voz e baixo), este conjunto não fixo de músicos do Porto, Almada e Lisboa apresenta agora, em agosto de 2023, a sua primeira edição, cassete homónima editada pela Cafetra. Conversámos com eles para saber mais.
Como surge o projeto FARPAS?
Guilherme - Eu e o abras já falávamos de nos juntarmos para tocar faz tempo… quando surgiu o convite do limão para se tocar na festa piloto de passagem de ano, decidimos aproveitar a oportunidade, juntámos à equação o António, que eu ainda não conhecia. Passámos a semana pré passagem de ano no estúdio da fetra e gravámos aquilo que resultou nesta cassete.
O que, ou quem, vos inspira a criar?
Abras e Guilherme - Primeiramente a inspiração veio do contacto que estabelecemos entre os três, que nos permitiu descobrir uma partilha de interesse por certas coisas, como ambientes sonoros ritualistas, capacidade de interação improvisacional e busca de soluções novas para uma música tendencialmente instrumental impondo-lhe a voz, que eleva a música ao encontro do elemento canção e processamento eletrónico.
O que podemos esperar da cassete que lançam este mês?
Abras e Guilherme - Quando recebemos o convite da festa piloto reunimo-nos uma semana antes para ensaiar intensivamente, ao mesmo tempo que se gravava, uma peça idealizada para o contexto. Do registo desses ensaios encontramos momentos, e da edição, montagem e processamento pelo Tomé Silva, surgiram os sete temas de FARPAS, vinte e poucos minutos de pura nostalgia.
Como explicam aquilo que descrevem como “uma incandescente mistura de jazz, dub e rock psicadélico”?
Penso que a música fala por si.
Que temáticas abordam neste álbum?
Algo entre a vida e a morte.
A desconstrução das noções de "música improvisada" através do processo de edição e produção, que foi encarado tal como qualquer outra parte dos ensaios/gravação. Uma ferramenta de criação e composição.
Como foi o processo de gravação?
Foi em simultâneo à preparação para o primeiro show, como já referimos; gravamos a composição enquanto a ensaiávamos. Disso foram escolhidas as melhores versões dos momentos da peça, que decidimos qur iríamos trabalhar e tratar como temas, em pós-produção
Há planos para apresentarem o trabalho ao vivo?
Abras e Guilherme - Neste momento, estamos prestes a apresentar o resultado de uma residência artística n’A Sachola, em covas do Barroso, a propósito da acampada anti-mineração, sem Feiteira, em sexteto com Felice Furioso (bateria), Guilherme Rodrigues (saxofone), Miguel Abras(baixo e voz), Miguel Limão (sampler e prato gira-discos), Tomé Silva (bateria) e Vicente Costa (Saxofone). No final do ano vamos ter oportunidade de tocar em trio original, em datas que anunciaremos em breve.
Como olham para a música experimental feita em Portugal atualmente?
O Tecido Musical Português cruza um expoente inédito, em todo o seu espectro. O que se tem vindo a mostrar como mais interessante é o facto de finalmente estar a ir ao encontro de um idioma próprio. Culpa de grandes impulsionadores disso mesmo quer no ambito da oferta, quer da procura. Destacamos no campo da música exploratória os pilares pioneiros a Out.Ra, a Filho Único, Nariz Entupido, David Maranha e Manuel Mota, e, na vanguarda, a Tundra e a Rotten Fresh. No entanto, ainda é um campo de auto-subsistência em que o único sistema de suporte é os trabalhos nada-a-ver que o pessoal faz por fora.
Apelidar algo de experimental, embora seja compreensível quando advém de uma experimentação, não faz jus à música que fazemos. A música é idealizada, os instrumentos são experimentados, a banda improvisa sobre um tema e disso sai um resultado bastante concreto. Há bastante experimentação na pop, na clássica e até na folk. A tradição desfaz-se e recria-se nas mãos que experimentam, sendo obviamente essencial que haja um exercício recreativo, um estudo do que já foi feito.
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