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Entrevista a Dino D’Santiago: atuar com Os Tubarões é “um sonho tornado realidade”

Por

 

Pedro Mendes
July 28, 2025

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Entrevista a Dino D’Santiago: atuar com Os Tubarões é “um sonho tornado realidade”

Dino D’Santiago carrega no timbre e nas palavras o peso e a luz de uma herança musical que atravessa oceanos. Filho da diáspora cabo-verdiana e um dos nomes mais relevantes da nova música lusófona, o artista volta a surpreender ao juntar-se em palco aos lendários Tubarões, no Azores Burning Summer, um festival que celebra arte, sustentabilidade e mistura cultural.

O encontro é tudo menos pontual: é, nas palavras do próprio, “um sonho tornado realidade” — o culminar de uma relação de décadas com a música e a mensagem de uma das bandas mais icónicas de Cabo Verde. Nesta conversa, Dino fala-nos do respeito profundo que nutre pelos Tubarões, da naturalidade com que se cruzam gerações em palco, e da importância de manter vivas as raízes enquanto se olha para o futuro.

De “Labanta Braço” ao poder simbólico de “5 de Julho”, esta colaboração é também um espelho do percurso de Dino: feito de pontes, de causas, de encontros — e da luta constante por dar visibilidade às vozes que cantam das margens para o centro.

Como surgiu o encontro com Os Tubarões?

É um encontro maior do que um momento só. É a vida toda dos Tubarões, que toda a vida escutei em casa, que sempre inspiraram. Ter a oportunidade de em idade adulta os conhecer e poder partilhar palco com eles é um sonho tornado realidade.

O que significa para ti subir a palco com uma banda que é um verdadeiro símbolo da música cabo-verdiana?

É de uma responsabilidade muito grande. O respeito que tenho por eles enquanto indivíduos mas também enquanto grupo faz-me ter esse respeito máximo.

A tua música tem sido uma ponte entre o passado e o presente. Sentiste isso ainda mais presente neste projeto com Os Tubarões?

Este momento com os Tubarões é um reflexo de vários caminhos da minha música. Eles estão na essência, como se fossem guias.

Há alguma canção dos Tubarões que tenha marcado o teu percurso?

Labanta Braço é um marco muito forte.

Quando olhas para o vosso repertório conjunto ao vivo, sentes que há mensagens que continuam atuais?

Digo até mais, nenhuma mensagem está datada. Tudo continua a fazer todo o sentido.

Como foi o equilíbrio entre manter a identidade dos Tubarões e trazer o teu toque pessoal à performance?

Flui com muita naturalidade. Ninguém precisou de alterar um centímetro da sua identidade para nos unirmos em palco.

O Azores Burning Summer tem uma missão muito própria — sustentabilidade, arte, fusão cultural. Identificas-te com essa filosofia?

100%. Todos temos que caminhar para essa união e partilha de valores. Sozinhos não fazemos nada.

Atuar nos Açores, uma terra também marcada pela emigração e pela mistura cultural, tem um significado especial para ti?

São muitos os encontros. Ainda recentemente estive com a Marcha dos Amigos da Nené, com o Luís e o seu restaurante "A Africana", com o Eliseu, enfim, Açores tem um sabor de casa.

O que é que o público pode esperar deste espetáculo? Vai ser mais celebração, mais tributo ou um pouco dos dois?

É sempre uma celebração. E como referi uma honra para mim. Estamos perante os Tubarões que são uma instituição maior do que ser só de Cabo Verde, é da música mundial.

Tu tens sido uma voz muito presente nas questões da identidade negra e crioula em Portugal. Como é que estas causas se cruzam com a tua música hoje?

São inseparáveis de mim desde o primeiro dia. Fazem parte da minha identidade, do que sou, do que faço, do que falo, de tudo o que eu represento.

Vês esta colaboração com Os Tubarões como algo que gostarias de continuar a explorar?

Sempre que possível, claro!

Como artista que sempre construiu pontes — entre géneros, entre gerações — o que te inspira a continuar a fazê-lo?

Há muito mundo para ter visibilidade. Há muito talento em esquinas da Cova da Moura, nos arredores de Lisboa, como no Linhó, como na Praia em Cabo Verde. Eu só quero lutar pela luz de todos.

Sentes que a nova geração de músicos está mais atenta às raízes e à história da música lusófona?

Sem dúvida. É um caminho que tem sido feito através de várias gerações e neste momento sente-se muito a presença e consciência do que é a raíz.

Que música não pode faltar neste concerto?

5 de Julho!

Olhando para a frente, o que vem aí para Dino d’Santiago? Podemos esperar novas colaborações, novos caminhos?

Tenho estado a trabalhar em muita música. O Brasil é um ponto muito importante para mim e quero em breve dar a conhecer mais do que me une ao Brasil.

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