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A bailarina Mickaella Dantas deixou-nos ontem, 10 de fevereiro de 2024. Sofia Neuparth trouxe a ideia de uma homenagem à Mickaella a várias mãos e vozes. O Coffeepaste associou-se à iniciativa. Aqui fica.
Tia Micka, tanta coisa me atravessa neste momento. Da tua janela vejo o jardim no pátio maravilhoso que construiste. O alecrim está uma árvore e o Cauê faz um puzzle na mesa. Esta casa está cheia com gente tão boa. Pena que não nos encontrámos todos antes, e tantas outras coisas. Mas só tenho o direito de dizer que vou honrar o privilégio de ter-te na minha vida, OBRIGADA! Obrigada à mãe Catarina e ao pai Gonçalo por este ser humano de uma generosidade, energia, teimosia e palavra interminável.
~Mafalda Aires
Viver intensamente a passagem por este mundo - e que emoção partilhar momentos inesquecíveis com seres inesquecíveis... Boa viagem Mickaella...
~Marta Coutinho (Lisboa)
Evoramonte Sem te conhecer, já me ajudaste tanto! Dancemos juntas para sempre...
~Luz da Camara
Para a MikaellaMenina, mulher guerreira. Uma dádiva e uma entrega à dança ímpar, ficará para sempre connosco pelo seu exemplo e dedicação. Corpo com asas, sorriso rasgado, de muitas maneiras sempre em movimento.
~Cláudia Nóvoa
tanto para dizer sobre a mickas! dos traços que a definiam aos que ela própria compunha. do carinho de que era feita à força que lhe transbordava. da paciência que não lhe faltava à confiança que ainda nos passava.parece que ainda me faltam as palavras.sinto o mundo ficar mais pequeno sem ela.guardo-a com toda a força para eu não encolher também.
~artur pispalhas (porto)
Querida Mickaella
Que a tua dança, sensibilidade e luz nos possa iluminar sempre
A nós terrenos que cá andamos
Sem saber apreciar a vida e a dança como tu o fazias e demonstravas
Nos pequenos gestos, no teu estar, na tua voz, no teu olhar
Com esse sorriso bondoso que nos chegava do fundo do teu olhar
O teu olhar era Dança, Movimento, Amor, Plenitude
Decido ouvir Gal Costa enquanto te escrevo e te eternizo de algum modo no interior de mim mesma. Porque tu és importante, e necessitas ser eternizada, néctar de dança, ser luminoso, mulher guerreira, feiticeira dançante.
A Gal canta:
“Chuva de prata que cai sem parar
Quase me mata de tanto esperar
Beijo molhado de luz
Basta um pouquinho de mel para dançar
Lua bonita no céu
Molha o nosso amor (= a nossa dança)
Vai sem medo
De se arrepender
Voçê deve acreditar no que é lindo
Isso é que é viver
Cola seu rosto no meu vem dançar
Pinga seu nome no meu para ficar
Vai sem medo
De se arrepender
Isso é que é viver
Enquanto se esquece de mim lembra da canção (= lembra da Dança)” in canção Chuva de Prata
Na manhã de sábado estava com um bailarino sentada numa esplanada e de repente caiu um granizo muito forte, muito branco, belo, parecia exatamente isso chuva de prata. E lembro-me de nesse exato momento me ter silenciado e apontado para um homem que passeava no jardim em frente e que se abrigou debaixo de uma árvore com o seu cão e de ter ficado em silêncio a absorver aquele momento de uma beleza estrondosa. A chuva, o homem sozinho, o cão, a natureza, a terra que parecia silenciar-se em absoluto. Soube agora que partiste nesse sábado de manhã por essa hora aqui nesta cidade que escolhemos como nossa, o Porto. Que nos fez cruzar muitas vezes em torno da dança, dos workshops de Butoh, dos debates de dança e filosofia, a assistir a espetáculos, a aberturas de estúdio, enfim...sempre a Dança, a Dança...A Dança esse nosso Amor ! Saibamos honrá-la como tu sempre o fizeste, saibamos cuidar uns dos outros de forma verdadeira e integra como tu sempre o fizeste.
Não sei Mickaella não me quero despedir de ti, quero eternizar-te no interior de mim mesma, porque tu és importante, néctar da dança, ser luminoso, mulher guerreira, feiticeira dançante.
Continuo na companhia da Gal:
“…Lágrimas negras caem, saem, doem
Por entre flores e estrelas
Você usa uma delas como brinco pendurada na orelha
E o astronauta da saudade com a boca toda vermelha
Lágrimas negras caem, saem, doem
São como pedras de moinho
Que moem, roem, moem
E você, baby, vai, vem, vai
E você, baby, vem, vai, vem
Belezas são coisas acesas por dentro
Tristezas são belezas apagadas pelo sofrimento
Belezas são coisas acesas por dentro
Tristezas são belezas apagadas pelo sofrimento
Lágrimas negras caem, saem, doem
Lágrimas negras caem, saem, doem” in Lágrimas Negras
Porque tu pertences ao reino deste tipo de mulheres.
Obrigada por tudo querida Mickaella hoje e sempre. Fecho os olhos: Vejo-te, sinto-te dançar de dez mil formas e feitios, por entre árvores, ramos, lá no alto, lá no baixo, por todo o lado, Tu e a Natureza Uma Só ❤️
Até já Mickaella,
~Joana von Mayer Trindade (Porto 11 Fev.2024)
Querida Mickaella,
Conheci-te quando, em 2014, vieste fazer audições para a peça "Free" do Gregory Maqoma para a Companhia Instável. Ficamos todos impressionados. O Gregory quis escolher-te como figura central desta peça mas, ao mesmo tempo, estavam a acontecer as audições da Clara Andermatt e a Clara escolheu-te e tu escolheste a Clara!!! E que excelente escolha mútua!
Dez anos passaram e ainda no ano passado deste aulas na Instável... apesar de estares com menos energia, a experiência que os alunos viveram foi imensa!
Energia, vitalidade, alegria, simplicidade, generosidade, atenção, superação, empatia, sorriso, aceitação... Obrigada, Mickaella!
~Ana Figueira
Um obrigado por te ter conhecido, por poder ter vivido uma parte do teu percurso e ter experienciado a imensidão da tua potência (em bruto) e alma simples e alegre que nos foste transmitindo! RiP
~Guy Edward Swinnerton (Benfica - Lisboa)
A Mika tinha o sorriso mais contagioso que já conheci, não poupava o seu amor com ninguém, era um porto seguro e acolhedor.
~Michele Barbuscia (Almada)
Micka, eu super te considero!
Beijos e saudades,
~João Galante
Há pessoas que nos levam a querer fazer melhor, a ter mais implicação, mais vontade… São pessoas como a Mickaella que ao longo da sua vida, não tanto pelo que lhes aconteceu mas pela forma como reagiram ao que lhes foi acontecendo, irradiam uma energia que contamina e sobretudo não deixa ninguém indiferente à sua volta. E agora que celebramos a sua existência luminosa cheia de dança, vontade e talento, pensamos que temos de ser capazes de declarar o amor e a admiração que sentimos pelas pessoas que nos rodeiam antes que elas desapareçam.
Obrigada Mickaella e até sempre
~Sofia Dias & Vítor Roriz
Chove sem parar -
Dançar acima de tudo
Notícia de ti
~Ana Dinger (Évora, Portugal)
A força da vida está contigo. Nós estamos contigo aqui na tua casinha, no teu jardim, lembrando do teu sorriso, das risadas em conjunto de tudo o que deixaste em nós. Esta teia maravilhosa de seres unidos em tua homenagem criaste-a tu em Vida e essa Vida está connosco. Muito amor por ti
~Roxana Suárez (Ermesinde)
Para a querida Mickaella, um ser humano extraordinário, a nossa homenagem e um abraço enorme para toda a família e amigos
~Gonçalo M Tavares (Lisboa)
A Mickaella tem um pé nas estrelas e outro no Sertão. Os dedos pousam pela Europa. É assim que ela dança.
~Filipe Ferraz (Ermesinde)
Amada, minha amiga irmã, meu raio de sol, obrigada por todas as aprendizagens, foi uma honra partilhar os dias e as horas do teu lado.
O meu corpo terá sempre a memória do teu abraço.
Até já meu amor
~Ivone Fernandes-Jesus (Ermesinde Portugal)
Bonita,
Abraçar-te-ei sempre.
Um beijo meu e do nosso Porto, de onde te escrevo.
~Lili
Querida Micka,
Em 2015 escrevi-te este e-mail de resposta, 1 dia depois de teres recebido o convite para ire dançar para Londres com companhia Candoco.
“Não é nada complicada, o que importa é estares a dançar e teres convites, fico muito contente. Até porque os voos ainda não foram comprados.
Nós arranjamos substituto, não teremos a tua presença e alegria mas por uma boa causa, fica para a próxima...”
Era suposto ires connosco fazer um Atlas em Madrid.
Depois os dias e os anos foram passando e tu sempre a dançar.
Agora percebo que não arranjámos substituta porque ninguém pode ser substituído. Porque quem quer que tenha ido a Madrid não foste tu.
Não chegou a haver uma próxima porque tu precisavas de dançar, e dançaste linda para o nosso regozijo. Saber que estavas onde mais querias estar a seres tu mesma deixa-me muito feliz.
Agora não teremos mais a tua presença e alegria mas desta vez não é por uma boa causa, e isso é muito triste, e não é justo, a não ser pela possibilidade de te livrares dessa doença terrível que tanta gente tem levado para longe de nós. Acaba aqui o sofrimento minha querida mas a memória dos teus dias a dançar ao nosso lado a mostrar-nos um exemplo de coragem e beleza ficarão para sempre dentro de mim.
Obrigada pelo teu sorriso.
beijinhos e saudades
~ana borralho
P.S. nunca esquecerei a nossa viagem divertida de regresso a lisboa depois de um verão azul, nem aquela noite no Lac a ver-te dançar de muletas, doidona.
Mickaella,
Estou sentado num igreja no meio de Londres, onde durante as ultimas horas usei o meu sopro para cantar. Que coisa bela, usar a respiração para cantar, o corpo para dançar, a cabeça para imaginar… a Mickaella assim o fez, com o corpo, alma, imaginação comunicou comigo, mexeu connosco, fez-me rir, inspirou-me, sonhámos juntos. Não nos conhecemos durante muito tempo, mas ficou e ficará no meu coração e continuará a fazer-me sorrir, imaginar e sonhar.
~António Sá Dantas
Ter-te conhecido foi uma frescura e uma inspiração. Ter partilhado momentos de perto contigo foi precioso e desde esses tempos no Porto que te guardei com imenso carinho. E de longe ou mais próxima, todos os nossos encontros foram marcados por uma cumplicidade bonita. Obrigada Mickaella por teres feito parte do meu caminho e de teres atravessado tantas pessoas. Com amor, sempre,
~Sara Montalvão
Micka bailarina, mulher, demónio-força-bruta, meu amor-irmã, nossa alavanca, sempre.
~Monica Pinheiro (Ermesinde)
“A tua dança agora é outra, é aquela que vibra e se transforma. A tudo pertence. ”
~Sara Anjo (Ermesinde - Portugal)
Lisboa, próximo do jardim da Estrela, chove muito mas o silêncio habita o som... agradeço cada momento de vida, cada momento em que a poesia da dança-amor me-nos move. Demoro naquele hiato entre inspirar e expirar. Confio que Com-Fiamos, fio a fio, sorrindo enquanto chovemos, choramos. Ao fundo o rio Tejo. Uma ode à vida, à dança. Escrevo de pé dançando. Por entre as janelas ou frestas das portas convivem festejos de carnaval, aquele som meio rugido da televisão borda os passos molhados das gentes que sobem a escadaria, um gato amarelo olha amareladamente os meus olhos molhados.
As botas de borracha 3 números acima do meu pé romperam-se finalmente depois de tantas caminhadas dançantes, a água vai encharcando as meias e dá-me uma vontade de rir sem fim, entro agora numa poça...molhada por molhada mais vale brincar...o cão espanta-se com este chapinhar na chuva enquanto escrevo.
Volto a subir para acompanhar o meu pai, ele sorri com as pernas embrulhadas numa manta no sofá da sala, “l’important c’est la rose” canta Gilbert Bécaud...
Que mundo seria se abríssemos de vez em quando um entre-respiros para deixar passar a alegria de atravessar a existência em amor, lado a lado.
Estás aí? Num aí infixável... voar
~Sofia Neuparth
Sempre que me é amputada a dança, eu continuo a sentir essa parte de mim que insiste em perseguir o seu fluxo, em encontrar a sua forma de ser rio. Conhecer a Mickaella foi o início do despertar dessa luz de resistência, que se apercebe que só nos pode ser amputado aquilo que deixamos de reinventar.
~Joana Pupo (Boleta, Portugal, 11.02.2024)
Obrigada pelo encontro, Mickaella!
E por tudo o que aprendo ainda com ela.
Tentava, há pouco, explicar a alguém como o facto de não ter um dos pontos de apoio para progredir no espaço, coloca o corpo humano numa situação de permanente desequilíbrio. Essa metaestabilibilidade alterada e amparada por uma prótese acrescenta ao centro de gravidade uma velocidade que nos escapa. Cada uma tem a sua velocidade de escape. Cada uma de nós dança a sua gravidade, o seu peso.
Não é todos os dias que temos o privilégio de interagir, em estúdio, com uma bailarina como a Mickaella com o seu modo tão singular.
Sem uma perna, a responsabilidade e a atenção dentro do estúdio aumentam. Só queremos poder estar à altura do encontro e da coragem que emanam daquela dança, com alguém que incorpora naturalmente uma canadiana. O foco não está na falta (da perna), mas no excesso de poder dançar muito e bem. De poder muito qualquer coisa vital com graça, com amor. A sua coragem muda-nos um pouco também! Disponível, empática, perfeccionista, rápida, com óptima noção do espaço e do tempo, equilíbrio e dinâmicas.
Em vários sentidos aprendemos o peso e a gravidade das escolhas.
Obrigada pelo encontro, Mickaella! Abraços,
~Sílvia Pinto Coelho
Soltar o lado apoio, trazer de volta o apoio ao lado, navegar as palavras que o corpo se lembra, é a memória que percorre e dança, através dela se balança.
Pousar o encanto e a História, fazer do salto a estória, mito e canto. Conto e Manto.
Vive, vibra, serpenteia, rasga, percorre, mexe, expande, é o fogo matinal que sente a chama de brilhar, estrela maior no céu, travessia num outro mar.
- Aquando partida de Mikaella Dantas, proposta de Sofia em SincroniCidades.
~Patrícia Barata, Portugal, 4 da tarde
À VIDA, À FORÇA, AO MOVIMENTO, À DANÇA E À GENEROSIDADE DE MICKAELLA A QUEM ELA CONTAMINOU E INSPIROU FICAMOS E RECORDAMOS E CONTINUAMOS COM A FORÇA QUE ELA DANÇOU
~Ana Rita Barata
Mickaella, a tua presença voltou com muita força. Muitas recordações de alegria, ternura, graça, espanto por ti.Ficaste para sempre connosco.
~Cristina Santos (Colares)
Micka, a coragem para enfrentar os desafios e transformar o mundo (e as pessoas) com a sua forma de ser e a sua arte, estarão sempre connosco. Obrigado pelos ensinamentos. Todos!
~Henrique Amoedo
Em: Casa de Madeira, em Requião (Vila Nova de Famalicão)
Amada Micka, vou sempre sentir-te a falar ao meu ouvido.
~Clara Andermatt (Casa de Madeira - Requião - Casa do Bruno e da Ju)
Aí nossa Micka, partiste muito cedo, mas ao mesmo tempo com o mundo aos teus pés e uma história que te torna eterna, ficamos com a lembrança e o calor da tua energia que inundava todos que se cruzavam contigo.
Obrigado te amamos muito !!!
~Bruno e Juliana (Local: Casa de Madeira Requião)
Partiu uma mulher inteira. Partiu inteira, cedo demais, deixando porções de si a tod@s @s que aqui permanecem. Quem a viu em palco (como é apenas o meu caso) conserva agora a imagem de um corpo: diferente, sensível, poderoso e frágil, disponível, intenso, dinâmico, inteiro na sua subtração, feminino. Segue então querida Mickaella, movendo-te como bem sabias, dançando sempre, agora nas nossas memórias.
~Daniel Tércio, Lisboa, 11 de Fevereiro
Fugaz... De vez em quando trocava umas mensagens com ela - tínhamos o mesmo problema. A primeira vez que a vi dançar uma coreografia da Clara, fiquei muito emocionado - A entrega total de uma pessoa muito boa.
Cada vez que morre um artista surge mais uma estrela no firmamento.
~Miguel Horta
A vida foi-te dando algumas partidas e tu vingaste sempre. És grande, querida Mickaella.
Deixa-me triste a tua ausência e espero-te leve agora.
~Daniela Cruz , Porto
O mundo está virada não ao contrário nem às avessas. O mundo está contra si mesmo e em torrente decomposição. O que nos liga de novo a esse mundo é o cuidado por uma réstia de esperança no fogo da Humanidade. As pessoas e a sua força, a sua verdade, autenticidade e luta que as move constantemente. A Mickaella foi e é uma luz dessa força. Talvez todos possamos também com ela aprender e olhar com essa delicadeza.
~Ana Rocha
A tua dança marcou-me. A tua pessoa inspirou-me. A tua dança em tantos lugares mostrou um caminho de arte resiliência e excelência. Enorme Gratidão.
~Paula Lebre
Força inesgotável, exemplo de coragem e sagacidade perante todas as adversidades, a Micka tornou mais belo o Universo. Viaja em paz em direção à luz do tudo, não serás esquecida por todos aqueles que tiveram o privilégio da tua companhia.
~Jonas Runa
A Mickaella era uma antípoda, uma inversão, um equilíbrio instável, com um pé em cima de um mundo em desequilíbrio, portanto, uma referência absoluta! Colaboramos no processo criativo, e na digressão da peça "NOVO-VENHO-CIRCO", da Companhia RADAR 360º, com a direcção artística de Clara Andermatt. O nosso encontro foi uma inspiração a todos os níveis, e a contaminação foi inevitável, a Mickaella começou a praticar Artes Circenses, e nós, começamos a interpretar o movimento com a poesia da Dança. Para visualizarmos tudo o resto, basta utilizarmos a imaginação... A Mickaella é o exemplo perfeito desta premissa, uma força de vontade titânica, e uma imaginação fértil! Esta combinação é uma poderosa lição de vida, que se supera, e que se transcende a cada minuto, a cada desafio! Foi um privilégio privarmos com um ser humano MAIOR, e será uma inspiração para todo o sempre, forte e frágil como a própria existência!
~António Franco de Oliveira e Julieta Rodrigues
Micka não te conheci, mas a dança em algum lugar desse planeta nos aproximou, aproxima e aproximará. Li e vi suas fotos em Sofia Neuparth e Elisabete Monteiro É porque as redes noticiam os ciclos de vidamorte e em alguns casos nos dão oportunidades de escrever sincronicamente como fez Sofia. Sofia convidou ___ com vida.. Ela é uma pessoa con vidaAtiva, Permita-me te chamar de querida Micka como Elisabete te chamou em rede. Querida, intuo que as sementes que plantastes, floresceram no tempo delas e que tu, semente cósmica está em paz acompanhando feliz o seu plantio e confirmando serenamente que os ciclos são circulares. Agradeço por seu ciclo movente potente nesse planeta.
~Fernanda Bevilaqua (Uberlândia. Minas Gerais. Brasil)
Querida Mickaella,
é Carnaval!
E eu imagino uma grande festa desse lado do véu, onde tu és a rainha.
Estava tudo à tua espera a preparar essa surpresa para ti.
Viajas no dorso do dragão que abre o novo ano lunar, qual Kuan Yin, deusa da compaixão, vitoriosa por ter sido capaz de se olhar com verdade.
Podes ser tudo e todos agora, sem precisares de te mascarar.
Estás livre. despida de tudo o que te limitava.
Sinto-te tão feliz!
Danças com um sorriso gigante e um ar traquinas de quem desvendou o mistério.
Partilhas aquela alegria sem tempo, sem justificação, sem princípio ou fim.
Estás de volta a casa e, apesar de já não teres corpo, continuas a sentir o coração
a transbordar de AMOR.
~Cristiana Rocha (Matosinhos, Porto, Portugal)
A dança percorre todos os corpos do mundo mas só alguns espíritos encarnam a dança como expressão artística e/ou como medicina. A Mikaella vagueava, habitava estas expressões únicas de entender através do seu (condição única) corpo.
~Vânia Rovisco
A Micka deixa-nos a beleza e a determinação do que sempre foi e que se resume no que dizia : " vamo junto. “
Vamo sim!
Vamos cuidar uns dos outros em vida e deixar que a coragem e a determinação e o respeito e carinho pelo próximo sejam a beleza maior da nossa passagem por este Mundo.
~Paulo Ribeiro
Minha filha Tu Foste Uma Guerreira Tinha Um Dom De Conquistar As Pessoas Mesmo a Distância Sempre Estivemos Perto Um Do Outro Certo Dia No Hospital Vc Fazer quimioterapia Preocupada Comigo Eu Falei Minha Filha Não Vou Te Abandonar
~Gonçalo Gomes Dantas, (pai da Micka) Ermesinde Portugal
Querida, muito querida Micka. É domingo, estou com a minha família na casa da minha mãe, mas deixo de lhe dar atenção por um momento para te escrever. Há pessoas que são como família. Tu és da família das pessoas que não desistem, que inspiram outras pessoas, que teimam em viver a vida com intensidade. Quando te conheci fiquei deslumbrada com a força que emanavas, pronta a ultrapassar todos os obstáculos que se atravessassem no teu caminho, com muita naturalidade. Tu encontravas maneira de te superares. Eu achava-te incrível e gostava de pensar que eras invencível.
Durante o período da tua luta com a doença escrevias depoimentos tão lindos que me deixavam boquiaberta. Tanta luz, tanto brilho.
Força da natureza, força de espírito, mulher guerreira. Nunca me esquecer de ti e do orgulho que sentia por te conhecer e à tua generosidade.
Até ao nosso encontro nesse lugar para onde te deslocaste e aguardarás por todos nós que aqui ficámos, já com tantas saudades. Muito amor.
~Maria João Garcia
Obrigada Mickaella. Obrigada por fazeres o nosso mundo tão maior, tão mais generoso, tão mais humano. Estar perto de ti é reconhecer a coragem e a vida, no mais puro estado de encantamento. Tens essa sabedoria e capacidade titã de viver com o sorriso e com as feridas, ao mesmo tempo.
Fazer hoje o teu luto é participar de um movimento maior, é continuar a tua dança, que ultrapassa corpos e tempos e que se nutre do mais doce e forte coração.
~Teresa Silva
“A Mickaella passou a ser para sempre.
A sua dança é para sempre
Sua força e coragem é para sempre.
Deixou de ser, para sempre ser.”
~Felix Lozano
Repasar. Um caldo quente. A loiça branca circular, pronta. Encaminho os dedos em direção á ponta da caneta. A língua atrás dos dentes. Repaso os contornos dos dentes. Punteo no ponto como um músico nas cordas. Deslizar sobre a massa em dobras, em massa de pão. Recheia de queijo creme. Um corpo no video trabalha na padaria duma aldeia lá no Japão. Diz que abre só às quartas e alguns sábados do mês. Quietinha. Passei o dia no mar. Ainda o sinto na pele. Reverberar. Quietinha. Deslizo o pé. Espreguiçar e cantar. Melhor, canturrear. Vou com pés delicados, pisando cálido, uma relva que sinto voltar no pé.e qualquer coisa vai começar. Subindo devagarinho. Me inclino ante el mar. Nada. Só esperar. De quando em quando olhar para um lado. Subir uma montanha com descidas e altiplanos. Rocosa. De quando em quando escalada. Utilizo os pés e as mãos. Caliente, tierra viva y sentida. Um perfil de paisagem. Posso contornar as bordas. Roupa quente, com paragens para o café. Posso começar com um pequeno aquecimento. Só se fosse de voz, pois o corpo já vai, ele já vai.
~Susana Salazar (Bilbao, País Basco)
Voa, Micka, voa.
Voa alto
Voa forte
Voa lindo
Até sempre.
~Joana Reais
Minha querida Micka, bailarina, linda, Madonna, mulher mais forte e doce que já conheci, ficarás para sempre na nossa história e no meu coração,
~Dora Carvalho/Forum Dança
A Micka é calor, é carinho, é apoio, é resistência! A Micka é fogo que arde e que vai deixando no seu rastro solo fértil para a criação.Um privilégio ter tido a sorte de receber o teu fogo sorridente. Até já
~Catarina Alves (Gondomar)
Obrigado, Mickaella, pela tua luz e determinação, por tudo o que me ensinaste. Deverias ter integrado o elenco do nosso “Corpo Clandestino”, mas o MAL apareceu e não te deixou ir ao primeiro dia de ensaios. Nesse dia, enquanto falava contigo ao telefone, com os olhos cheios de lágrimas, ouvia os teus suspiros e pensava “vamos superar isto”. Repetia para mim, em surdina, “vais superar”. O MAL venceu, nunca chegámos a trabalhar juntos, mas o teu exemplo é força e assim permanecerás na memória de cada pessoa que teve a sorte de se cruzar contigo.
~Victor Hugo Pontes
Não há palavras, apenas o momento. Solene e único.
~Rui Horta
Querida Michaela… tanta beleza, tanta poesia, tanta coisa que aprendemos ao ver-te sublimar o espaço. Muita luz, muitos beijos, muita saudade.
~Marco Paiva (Em casa, Lisboa)
O corpo trouxe-te tudo
Que com amor partilhaste
e partido,
se eternizou.
Grata, Mickaella
~Diana Niepce
Muito agradecida a Mickaella Dantas por toda a energia, por todo o acreditar e pela inspiração que deixa a vibrar em todos nós, mesmo quem não a conheceu pessoalmente.
~Ana Borges
A morte é uma coisa pequenina, na vida de uma menina, a morte é uma coisa pequenina. Que uma menina nasce ao saber, mesmo antes de o pé conquistar o chão, que, o que ocupa espaço, na vida, não é a morte mas a dança.
~Sónia Baptista, já com saudades de ti, Micka.
Querida Mickaella,
As saudades que deixas.
O mundo perde amor com a luz que se apaga contigo.
Ainda há pouco mais de um ano, quando dançavas para a Candoco, escrevias sobre a gratidão que tinhas pela dança, que te fez "mais consciente do movimento da vida, do corpo e do outro". Gratidão temos muitos de nós que te conhecemos, a vibrar em palco, com a mesma sensibilidade, delicadeza e força que também estavam em quem tu és. Ver-te dançar era ficar contagiada pela tua inteligência física, uma força e domínio muscular, e um transbordante afecto que emanava de cada movimento.
Conheci-te há muitos anos, quando aceitaste o convite da Dançando com a Diferença para vires do Brasil que te viu nascer para o Funchal, juntar-te à companhia. As tuas aventuras de pesquisa, amorosas e coreográficas, com a Dançando, com a Clara Andermatt (não vi com a Sara Anjo mas imagino a ternura) estão guardadas na memória como momentos de rara liberdade, confiança e amor entre pessoas que, nessa união, criam arte profundamente humana.
A última vez que conversámos foi no ano passado, na entrevista que te fiz a ti e à Diana Niepce para o projecto "On Stage", mais um desafio da Dançando com a Diferença, sobre inclusão social e laboral das pessoas com deficiência nas artes. Ficamos de falar mais, de nos encontrarmos e nos abraçarmos. Pensava que ia voltar a ver-te dançar. E hoje despedes-te de nós aqui na terra. Vou, e muitas outras pessoas como eu, vamos continuar a ver-te dançar, porque é a dançar e a sorrir que ficas marcada para sempre em nós.
~Cláudia Galhós
Para Micka, a mulher que conheci pouco tempo e me deixou pensamentos para a vida. Obrigada pelo teu ser, a tua energia, a tua luz, o teu riso, a tua dança, a tua resistência!
Que os teus passos continuem a voar e tu a brilhar nos mundos que criaste. Te admiro desde o meu coração.
~Dayana Guzmán (Aveiro)
Que possas dançar com o infinito e encantar o cosmos com a tua luz. És uma inspiração! Gostava de ter dançado mais contigo. Grato à vida pelo encontro. Um abraço muito terno a ti e a todos os que te adoram.
~Pedro Ramos (Lisboa)
O brilho, a força, a alegria.
A generosidade, a autenticidade, a afirmação, a liberdade.
O desafio que tem em si o sorriso que nos sustenta e nos dá a mão. O encontro que nos torna melhores pessoas.
O encontro. A transformação. A superação. O amor. O amor. A liberdade.
Gratidão. Imensidão. Plenitude.
Dançar a liberdade. Dançar.
Mickaella.
~Narcisa Costa (Casa de Madeira de Requião, Vila Nova de Famalicão)
Comecei o livro de bell hooks "Tudo do amor". Antes mesmo do prefácio, lê-se:
"no cântico dos cânticos há uma passagem em que podemos ler: 'encontrei aquele que o meu coração ama, abracei-o e não o largarei.' que persistamos, que conheçamos outra vez aquele momento de arrebatamento, de reconhecimento, em que possamos encarar-nos tal como verdadeiramente somos, despidos de artifícios e de máscaras, nus e desinibidos."
A pensar em ti, Mickaella.
~Maria Vlachou (no comboio para o Porto)
Querida Mickaella: lembro-me de te ver voar, rodopiar, voltar a voar, aterrar e voltar a voar e pensar só para mim: como é que ela faz aquilo? E com aquela precisão? Mas a resposta não era importante. Importante era ver-te voar.
~Carlos Gomes
E nós com tantos projectos comuns ainda por cumprir... beijos e abraços muitos a toda a família
~Patrícia Portela
Querida…
As ondas bradam agitadas
É o mar revolto por te levar
Brilharás no meu caminho
Eu andando na areia descalça
Adoro a tua perna falsa
… e bailarina
e abraço-te no ar
~PV 11-2-24 Praia da Areia Branca
A memória sobrevive à ausência da Mickaella Dantas. Cedo demais.Mas a Mickaella estará presente em todas as danças porque a sua história faz parte delas. Continuaremos pela Mickaella. Pela sua luta e pela sua dança.
~Cristina Grande
Micka querida,
obrigada por cada palavra e por cada encontro. Estamos aqui para honrar sua arte, sua dança e a pessoa especial e iluminada que tivemos a honra de conviver.
A saudade será nosso elo, sempre com lindas lembranças de momentos alegres. Todo meu afeto para ti e aos seus
~Neidinha, Natal/RN - Brasil
Eu adorava a Mickaella. Uma personalidade extraordinária, uma bailarina maravilhosa, uma pessoa adorável. Difícil não sentir o seu desaparecimento como uma enorme injustiça. Que a sua beleza e a sua força viva em nós para sempre.
~Vera Mantero
~Francisco Oliveira
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