Lugares que se inventam: conversas sobre o festival que ocupa Valezim

Entre os dias 4 e 9 de agosto, a aldeia de Valezim, em plena Serra da Estrela, volta a ser palco de encontros improváveis, de criação partilhada e de territórios reinventados. Está de regresso o Festival Ocupar a Velga, agora na sua 4.ª edição, afirmando-se como uma ocupação poética e comunitária onde a arte se cruza com a vida e o campo se enche de outras possibilidades.

No centro desta ocupação estão Sandra Cardoso e Filipe Metelo, da Produção d’Fusão, a estrutura responsável pela curadoria e produção do festival. Com uma visão que liga artistas emergentes, comunidade local e o potencial transformador do espaço rural, têm vindo a construir um evento singular no panorama cultural português.

Hoje, conversamos com eles sobre o que significa ocupar — com arte, com cuidado e com imaginação — um território. Falamos sobre o que muda quando se traz o circo a uma igreja, o cinema a um salão paroquial, ou a música a um ringue ao ar livre. E, acima de tudo, sobre como se constrói, ano após ano, um lugar onde a cultura acontece.