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Eduardo Serra, considerado o mais internacional dos diretores de fotografia portugueses, morreu na passada terça-feira, aos 81 anos. Ao longo de mais de cinco décadas de carreira, trabalhou com alguns dos maiores nomes do cinema europeu e norte-americano, conquistando reconhecimento internacional e duas nomeações para os Óscares — o único português a consegui-lo até hoje.
Nascido em Lisboa em 1943, Eduardo Serra iniciou estudos em engenharia, mas cedo se deixou envolver pelo cinema através dos cineclubes e do movimento estudantil. Em 1963 partiu para Paris, onde se formou na Escola Nacional de Fotografia e Cinematografia e na Sorbonne, em História de Arte e Arqueologia. A partir daí construiu uma carreira sólida em França, onde começou como assistente de câmara antes de se afirmar como diretor de fotografia.
Trabalhou com realizadores como Alain Cavalier, Claude Chabrol, Patrice Leconte, Michael Winterbottom, M. Night Shyamalan e Edward Zwick. Em Portugal, colaborou com José Fonseca e Costa, João Mário Grilo, Luís Filipe Rocha e Fernando Lopes, entre outros.
A projeção internacional chegou com Asas do Amor (1997), de Iain Softley, que lhe valeu uma nomeação ao Óscar e um BAFTA de Melhor Direção de Fotografia. Em 2004 voltou a ser nomeado pela Academia de Hollywood com Rapariga com Brinco de Pérola, de Peter Webber, obra que lhe granjeou elogios pela recriação da luz e da atmosfera das pinturas de Vermeer.
O grande público português conheceu melhor o seu trabalho quando foi anunciado como diretor de fotografia dos dois últimos filmes da saga Harry Potter (2010-2011), experiência que ele próprio descreveu como um desafio técnico de escala inédita.
Apesar do prestígio internacional, Serra nunca deixou de sublinhar a sua visão sobre a arte cinematográfica: “O que tento é criar sentido com as imagens. O que ilumino deve ajudar o público a compreender a história”, afirmou em 2009.
Distinguido com prémios de carreira pela Sociedade de Diretores de Fotografia dos Estados Unidos e pela Academia Portuguesa de Cinema, foi também agraciado com o grau de Comendador (2004) e mais tarde de Grande-Oficial (2017) da Ordem do Infante D. Henrique.
Em julho deste ano, a Cinemateca Portuguesa dedicou-lhe uma retrospetiva, sublinhando que Eduardo Serra “foi o mais internacional dos diretores de fotografia portugueses”, recordando ainda as suas incursões ocasionais na realização.
Notícia adaptada. Fonte: LUSA
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