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O músico brasileiro Hermeto Pascoal, vencedor de três Grammy Latinos e considerado um dos maiores nomes da música contemporânea, morreu no sábado, aos 89 anos, no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pelo Hospital Samaritano Barra, onde o multi-instrumentista estava internado.
A família comunicou a morte nas redes sociais, sublinhando que a sua “passagem para o plano espiritual” ocorreu “com serenidade e amor”, rodeado por familiares e companheiros de música. “No exato momento da passagem, seu grupo estava no palco, como ele gostaria: fazendo som e música”, lê-se na mensagem.
A notícia apanhou muitos de surpresa, já que Hermeto mantinha uma agenda ativa. Estava previsto que atuasse no sábado no Festival Acessa, em Belo Horizonte, concerto que acabou por se realizar apenas com a sua banda, Nave Mãe. Em novembro, tinha também concertos marcados em Portugal, na Culturgest (Lisboa), Theatro Circo (Braga), Teatro Viriato (Viseu) e Auditório de Espinho, centrados no seu mais recente disco, Pra você, Ilza (2024), distinguido com o Grammy Latino de Melhor Álbum de Jazz.
Nascido em 1936, no estado de Alagoas, Hermeto revelou desde cedo uma ligação visceral à música, inspirado pelos sons da natureza. Tornou-se conhecido pela irreverência e criatividade, transformando qualquer objeto - de chaleiras a regadores - em instrumento musical. O trompetista norte-americano Miles Davis chegou a descrevê-lo como “o músico mais impressionante do mundo”.
Ao longo de mais de sete décadas de carreira, Hermeto gravou perto de três dezenas de álbuns e colaborou com nomes como Dizzy Gillespie, Elis Regina e Edu Lobo. Em 2017, conquistou um Grammy Latino com Natureza Universal e, em 2019, outro com Hermeto Pascoal E Sua Visão Original Do Forró.
Hermeto recusava rótulos, preferindo definir a sua obra como “música universal”. Como declarou numa entrevista aos 80 anos: “Vou tocar frevo, baião, música clássica. Então eu chamo isso de música universal. É o único rótulo que eu acho que se pode usar.”
Nos últimos anos, manteve-se em palco e em estúdio, dedicando-se também à organização de um vasto acervo digital da sua obra. Em 2024 publicou, em parceria com o jornalista Vitor Nuzzi, a biografia Quebra tudo! - A arte livre de Hermeto Pascoal.
A família deixa um convite a todos os que desejem homenageá-lo: “soem uma nota no instrumento, na voz, na chaleira, e ofereçam ao universo. É assim que ele gostaria”.
Foto: © Gert Chesi
Notícia adaptada. Fonte: LUSA
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