Um Papa raro num mundo sombrio: artistas e escritores homenageiam Francisco

O Papa Francisco faleceu esta manhã, aos 88 anos, na residência papal Casa Santa Marta, no Vaticano, às 07h35 locais (06h35 em Lisboa). Nascido Jorge Mario Bergoglio, em Buenos Aires, Argentina, em 1936, foi o primeiro Papa latino-americano e o primeiro jesuíta a liderar a Igreja Católica. Deixa um legado de mais de 12 anos marcado pela defesa das minorias, dos pobres e pela promoção da paz.

A notícia da sua morte gerou uma onda imediata de homenagens nas redes sociais, vindas de figuras da cultura portuguesa e internacional. O dramaturgo Tiago Rodrigues destacou a sua coragem e humanidade, enquanto a jornalista Anabela Mota Ribeiro o recordou como um líder político raro, “tão necessário num mundo cada vez mais sombrio”.

Escritores como Valter Hugo Mãe e Patrícia Reis enalteceram o seu papel transformador dentro e fora da Igreja, sublinhando a sua abertura à comunidade LGBTQI+, o seu apoio às mulheres e a sua luta contra todas as formas de guerra. Também o humorista Nuno Markl e a cantora Márcia expressaram admiração pela forma como Francisco aproximou crentes e não crentes, mostrando um caminho de empatia e solidariedade.

Francisco ficará também para sempre ligado à imagem solitária e comovente na basílica de São Pedro durante a pandemia, símbolo da sua entrega silenciosa ao mundo. A sua última aparição pública foi na missa do domingo de Páscoa. O mundo despede-se hoje de um homem que humanizou o papado e tocou corações para além das fronteiras da fé.

Foto: © Vatican News

Notícia adaptada. Fonte: LUSA