Da roda que não tem fim

Como hifas que se tocam no subterrâneo da matéria, invisíveis, mas vitais, também esta celebração nasce do entrelaçamento. Durante dois dias — dois círculos, dois momentos — palavras, gestos, ritmos e presenças cruzam-se, atravessam-se, contaminam-se. Sob o signo da Imaginação Radical, propomos uma deriva partilhada entre artes performativas, pensamento e som.

Inspiramo-nos nas cosmologias de Nêgo Bispo, nos ritmos espiralares de Leda Maria Martins, nas ficções visionárias de Octavia Butler e Ursula K. Le Guin. Convocamos o tempo como matéria plástica e política, o corpo como território, a palavra como ebó, oferenda e possibilidade. Acreditamos na não-linearidade, na experimentação, no encontro — e desenhamos um itinerário único para cada dia, com artistas diferentes, com um convite a habitar o porvir.

Nestas duas datas, ocupamos o TBA como um campo de forças em movimento. As duas programações distintas dialogam entre si como espelhos, reverberando através de práticas artísticas e políticas que se querem porosas, coletivas e vibrantes.



Que venham as vozes, os corpos, os tambores.
Que comece a festa!
Que se repita o gesto — como quem planta, como quem fertiliza o amanhã.

Com Dj Nervoso, Mandi Kaibô, Matéria Leve, Odete, Sara Fonseca da Graça, Selma Mylene, Wura Moraes (dia 6) e Baque Mulher Lisboa, Carolina Varela, Cláudia Semedo, Eloise Winter, Frame Colectivo, G Fema, Isabél Zuaa, Joãozinho da Costa, Joyce Souza, Matéria Leve (dia 7)

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